O passado não é menos importante que o presente e o futuro.

Bom dia Senhor, gostaria de agradecer tudo que recebi de Ti ao longo destes anos e pedir por todos aqueles que foram para mim testemunho das boas obras que Tu inspiras.


Irmãos: Lembrai-vos dos primeiros dias, em que, depois de terdes sido iluminados, suportastes tão grandes e dolorosos combates, ora expostos publicamente aos insultos e tribulações, ora tornando-vos solidários com os que eram assim tratados. De facto, compartilhastes o sofrimento dos prisioneiros e aceitastes com alegria a espoliação dos vossos bens, sabendo que possuís riqueza melhor e duradoira. Não queirais, portanto, perder a vossa confiança, que terá uma grande recompensa. Vós tendes necessidade de perseverança, para cumprir a vontade de Deus e alcançar os bens prometidos. Porque “ainda um pouco e bem pouco tempo, e Aquele que há-de vir não tardará”. Ora “o Meu justo viverá pela fé, mas se retroceder, não agradará à Minha alma”. Nós não somos daqueles que retrocedem para a sua perdição, mas daqueles que perseveram na fé para salvar a sua alma.


Ao ler a 1ª leitura que nos é oferecida pela liturgia do dia de hoje, recordo para mim algo que tendo a esquecer à medida que a vida avança: o caminho da fé é todo ele importante.
Com isto quero dizer que na fé, o passado não é menos importante que o presente e o futuro. Vivemos muito o presente, com os seus dilemas, as frustrações e as alegrias. Estamos imersos e algumas vezes (muitas vezes no meu caso) sentimos que não conseguimos estar à altura de uma fé adulta (!).
Nesta carta aos Hebreus, S. Paulo recorda-nos que, se mantivermos o mesmo desejo de seguir Jesus, o passado testemunha por nós e é nosso aliado. Não que a solução seja procurar replicá-lo, pois as circunstâncias são outras e nós vamos mudando a cada dia que passa. Somos antes desafiados a procurar a boa memória da experiência do encontro pessoal com Jesus, nosso amigo e companheiro, em tantas situações que já vivemos.
Recordo uma situação concreta que me marcou no passado e onde senti vivo o amor de Deus por mim? Quais as condições pessoais que possibilitaram que tal sucedesse? Peço ao Senhor a graça de procurar nas circunstâncias atuais a inspiração dessas boas memórias para continuar a procurar fazer a Sua vontade.


Obrigado, Senhor, por alargares os meus horizontes num convite constante a ir mais além de mim próprio. Que eu consiga diariamente renovar este desejo de encontro Contigo e que as boas memórias da nossa história pessoal me possam ajudar nesse propósito!

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