O que está em causa é a nossa vida!

“Moisés falou ao povo, dizendo: «Agora, Israel, escuta os preceitos que vos dou a conhecer e põe-nos em prática, para que vivais e entreis na posse da terra que vos dá o Senhor, Deus dos vossos pais. Ensinei-vos estas leis e preceitos, conforme o Senhor, meu Deus, me ordenara, a fim de os praticardes na terra de que ides tomar posse. Observai-os e ponde-os em prática, porque eles serão a vossa sabedoria e a vossa prudência aos olhos dos povos, que, ao ouvirem falar de todas estas leis, dirão: ‘Que povo tão sábio e prudente é esta grande nação!’. Qual é, na verdade, a grande nação que tem a divindade tão perto de si como está perto de nós o Senhor, nosso Deus, sempre que O invocamos? E qual é a grande nação que tem mandamentos e decretos tão justos como esta lei que hoje vos apresento? Mas tende cuidado; prestai atenção para não esquecer tudo quanto viram os vossos olhos, nem o deixeis fugir do pensamento em nenhum dia da vossa vida. Ensinai-o aos vossos filhos e aos filhos dos vossos filhos”.
Livro de Deuteronómio 4,1.5-9.

 

Grande é, de facto, a nossa riqueza ao termos Deus tão perto de nós. E eu que tantas vezes não me dou conta! 
Gosto muito do modo como o Antigo Testamento apresenta muitas vezes está riqueza: escuta e põe em prática para que vivas. Gosto desta perspetiva existencial e não moralista. O que está em causa é a nossa vida!

Primeiro há que escutar – deixar que a Palavra nos toque no mais íntimo do nosso ser – fazê-la nossa. Não é possível pôr em prática algo que nos seja estranho ou sequer no qual não acreditemos a sério. E acreditar aqui não é no sentido intelectual (como podemos acreditar, ou não em vida extraterrestre, mas isso não tem impacto nenhum na nossa vida).  É no sentido de crer, com mente e coração.

Em seguida é preciso pôr em prática. O que não praticamos não se faz vida. É quando nos pomos ao caminho que colhemos os frutos e nos apercebemos das dificuldades que podemos levar outra vez para o diálogo com o Senhor. A Palavra que não é posta em prática é como um jogo de consola: muito giro enquanto estamos a jogar, mas que desaparece quando o desligamos.

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