A árvore plantada perto da água

“Isto diz o SENHOR: Maldito aquele que confia no homem e conta somente com a força humana, afastando o seu coração do SENHOR. Assemelha-se ao cardo do deserto; mesmo que lhe venha algum bem, não o sente, pois habita na secura do deserto, numa terra salobra, onde ninguém mora. Bendito o homem que confia no SENHOR, que tem no SENHOR a sua esperança. É como a árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente; não teme quando vem o calor, e a sua folhagem fica sempre verdejante. Não a inquieta a seca de um ano e não deixará de dar fruto. Nada mais enganador que o coração, tantas vezes perverso: quem o pode conhecer? Eu, o SENHOR, penetro os corações e sondo as entranhas, a fim de recompensar cada um pela sua conduta e pelos frutos das suas ações.”
Leitura do Livro do profeta Jeremias, capítulo 17, versículos 5 a 10


Bom dia, Senhor.
Obrigado por, neste início de dia, me convidares a ler esta leitura, ao mesmo tempo tão refrescante e interpelante. Sabes que é mesmo o que hoje eu preciso. Tenho andado numa lufa-lufa impressionante e têm-me sucedido inúmeros percalços que tiram a paz ao meu coração. Eu, no meio disto tudo, em vez ir ter contigo tenho-me esquecido de ti e tenho andado ocupado a dar respostas, baseado no que já me ensinaste, mas já sem a visão e a transcendência que dás à minha vida.
Ao deparar-me, hoje, com esta leitura senti-me mesmo como este cardo no deserto que “mesmo que lhe venha algum bem, não o sente”. Ajuda-me, Senhor, a que, no meu coração, se fortaleça o desejo de estar contigo, de ouvir a Tua Palavra e de a concretizar no meu dia-a-dia. Ajuda-me a que sejas o meu principal alimento e não o desejo de despachar tarefas para poder ter um tempo de descanso. Isto eu já sei mas nem sempre o pratico: o verdadeiro descanso é estar a fazer aquilo que o meu coração anseia e sonha e não o estar num sofá a ver televisão.
Como diz Jeremias nesta leitura, o coração é mesmo enganador e por mais anos de experiência que eu tenha de me relacionar contigo, ele encontra sempre maneira de ir pelo caminho mais fácil ou pela visão mais curta, a despachar. Ajuda-me a ter a sensibilidade para perceber quando isso acontece, porque vai acontecer, e ajuda-me a voltar, de novo, a ser a “árvore plantada perto da água, a qual estende as raízes para a corrente”.
Obrigado, Senhor, por esta oração tão saborosa.

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