A fé vem pela pregação

“A fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”
Com esta citação compreende-se bem que muitas pessoas não tenham fé e não são culpadas, pois como poderiam acreditar naquele que não conhecem? Algumas vezes até ouviram falar de Deus, tiveram catequese, foram educadas numa família cristã, mas, de facto, nos momentos de crescimento essencial não lhes foi apresentado um Deus vivo e não foram introduzidas numa relação pessoal, tu a tu, cara a cara com Jesus. Ora a fé não vem por ritos, normas, rotinas ou orações tipo, pois todos conhecemos pessoas que deixaram de ter fé (não acreditam) apesar de terem aquela vivência de ritos. 
Evangelizar os homens e mulheres de hoje tem que ser uma tarefa realizada com muita oração e experiência pessoal de relação com Jesus, pois quem transmitimos é um Deus de vivos e não de mortos, um Deus presente, passado e futuro, mas muitíssimo próximo, real, e com um amor incondicional por nós. E tudo isto descobrimo-lo nas palavras e na vida de Cristo. 
Nessa evangelização / pregação temos de ter o imenso cuidado e a grande delicadeza de apresentar a pessoa de Jesus e o essencial da sua mensagem de Boa Nova, de esperança, de confiança e de Amor. A mensagem tem de ser radical, por partir da raiz, da originalidade e actualidade da Palavra de Jesus. Não podemos transmitir uma mensagem irreal que não conseguimos viver, um conjunto de normas e preceitos inatingíveis, um Deus castrador ou distante.
Cada vez mais experimento que nessa evangelização não temos que travar as batalhas dos outros. Muitas pessoas têm motivos e argumentos contra a igreja, experiências que os afastaram de Deus e que os deixaram sem fé. A estes temos que fazer um segundo anúncio mas sem nos enredarmos nessas teias. A nossa mensagem tem que ser a do Amor de Deus, que Jesus nos mostrou, e o essencial é que experimentem essa relação próxima e intima de amizade com Ele. Não temos que defender o indefensável ou batalhar com os argumentos dos outros. 
É bom esclarecer que a igreja é santa e pecadora, formada por homens e mulheres sujeitos a todos os defeitos, mas o que põe as pessoas em contacto com Deus é a novidade de uma relação filial com Deus, a presença constante de Deus e o seu amor incondicional por nós.

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