Acredito… hoje!?

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus.”
Mt. 1, 18-25

Acredito… hoje!?

Este evangelho mostra-nos a história de uma família especial… Mas será que continua atual?

Fala-nos de um dos homens que eu mais admiro na Bíblia: José. Não só pelo importantíssimo papel de pai terreno de Jesus, mas principalmente por aceitar casar-se com Maria, que estava grávida antes de coabitar com ele, confiando apenas num sonho que teve. José foi um homem à frente no seu tempo, que com uma mente aberta acolheu a sua esposa e criou o filho, como o anjo lhe pediu. Um exemplo de fé, companheirismo, compreensão, … E eu, Senhor, em que me baseio quando digo que tenho fé?

Olhando agora para Maria… ocorre-me pensar que poderia ter dito ao anjo: “Gostava de conversar com o meu noivo antes de aceitar esta proposta?” Só que ela deu a sua resposta independente da resposta de José. De que forma me fala o Senhor que me faz mudar o curso da minha história e aceitar as consequências dessas opções?

E voltando a José, aceitou Maria. E ao aceitá-la teve a possibilitado de ser o pai terreno do Filho de Deus. Nenhum outro homem na história teve esse papel de ser o formador, o educador, a referência de pai para Jesus e também as birras, a adolescência, a independência,… Quando Jesus dialogava com Deus e o chamava de Pai, não tinha como não o associar a José, seu pai de criação. No que vou conhecendo de Ti Senhor, acredito que que não o deixas-te “sozinho” nesta “tarefa”. Foste-lhe dando a capacidade e os meios para José fazer esse caminho, num processo de evolução com o “comboio em andamento”, tal como acontece com cada um de nós no dia-a-dia. Será que me apercebo que o Senhor está inclusive nestes momentos? E apercebo-me do que vai Deus transformando em mim?

E Jesus…? É óbvio que não nasceu adulto! Ele foi criança, e precisou aprender a andar, falar, ler, escrever, pensar, tratar, observar e tocar as pessoas… E isto não se nasce sabendo, vai-se aprendendo. José assumiu assim um papel fundamental no crescimento físico, social e espiritual de Jesus.

Ao ver a presença de Deus na história desta família, tenho vontade de me sentar ao lado do Senhor e conversando com Ele, fazer memória do que já fez na minha família, deixar-me desafiar por Ele e/ou simplesmente ouvir o que poderei fazer nascer neste ano que agira começa.

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