Da escuridão à Luz

“No princípio, quando Deus criou os céus e a terra, a terra era informe e vazia, as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus movia-se sobre a superfície das águas. Deus disse: «Faça-se a luz.» E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia.”
Gn 1,1-5

Há inúmeros momentos de escuridão e trevas na vida de todos nos: doenças (ou medo delas), solidão e sentir a falta de amigos e familiares, divórcios (ou medo deles), não nos sentirmos amados, perder um emprego e ter medo de não voltar a encontrar outro, ou medo de não encontrar realização pessoal no trabalho.

Também a Criação no livro do Genesis começa em trevas. Também a Paixão é um tempo de trevas e medo. Não se saber o que vem depois. Será que tudo acaba aqui? Um pensamento que assaltou os apóstolos e me assalta tantas vezes na vida.

Porem tanto no livro do Genesis como na Pascoa com a Ressurreição como em tantos outros momentos na minha vida, depois das trevas vem Luz. “Faça-se a luz, e a luz foi feita”. Mas o conhecimento destes momentos (às vezes mais racional do que verdadeiro conhecimento interior…) não faz desaparecer a angústia associada a momentos de maior escuridão nas nossas vidas.

O que fazer então? Esperamos. Esperamos como  os apóstolos, como Maria esperou quando o Anjo a visitou, ou quando nos sentimos um pouco perdidos. Esperamos. Entregamos a Deus a incerteza. Ficamos mais perto de Jesus e dos nossos irmãos quando percebemos que somos frágeis e que se contarmos apenas com as nossas forcas não chegamos la. Esperamos até vermos a luz que o Senhor tem guardada para nós, ou até nos encontrarmos novamente com Jesus ressuscitado. Esperamos na certeza que nada acaba na escuridâo.

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