Dão demos à morte a última palavra.

“Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele, tenhamos a vida.”
Jesus veio ao mundo para nos dar a vida. Claro que esta vida não é apenas a vida física, porque essa já a teríamos, ainda que Ele não tivesse vindo. 
Então de que vida falamos?
Falamos da Vida segundo o Espírito Santo, da Vida Eterna, da vida nas mãos de Deus. Na Vida de Ressuscitados. Foi esta Vida que Jesus nos veio oferecer.
Jesus veio ao mundo para que vivamos esta vida nova, para que vivamos Ressuscitados.
Mas, o que é que isto significa?
Significa viver conduzidos pelo Espírito Santo. Significa viver o amor, o “amar-nos uns aos outros”. Falamos da mesma coisa. Também esta leitura, e a nossa vida real e concreta, nos ajuda a perceber como só permanecendo n`Ele somos capazes de viver este Amor e que o conseguimos viver porque Ele nos enviou o Seu Espírito para nos guiar, para actualizar tudo aquilo que Ele há mais de dois mil anos nos ensinou.
Porque este Amor de Ressuscitados não é o amor humano. Este Amor de Ressuscitados é o Amor de Deus, que vai muito mais longe e mais fundo do que aquele amor que nós, por nós mesmos, enquanto homens, somos capazes de viver. Todos nós temos experiência disto, de como o Amor deste Deus Pai nos faz tantas vezes agir de formas que nunca agiríamos e que, tantas vezes, nem quereríamos. 
Confesso-vos que uma das coisas que mais peço a Deus é que me ajude a querer amar assim. Porque a maior parte das vezes prefiro amar ao meu estilo: sem me comprometer a 100%, deixando sempre garantida uma segurança; fazendo as coisas como se estivesse a picar o ponto, preocupando-me mais em fazer do que em estar (perde-se tanto tempo, estando…); nunca perdendo o meu orgulho, nunca sendo humilde, nunca aceitando perder (então nas questões conjugais…); procurar apenas preencher as minhas carências afectivas (quase sempre inconscientemente, mas a consciência também se purifica, certo?); não sendo verdadeiramente eu, por vergonha, por exemplo; utilizar os meus gestos de amor para manipular o outro (não o fazemos tantas vezes com os nossos filhos?), etc.
Por tudo isto, hoje Te peço, Senhor, que nos ensines a aceitar esta Vida que nos viestes oferecer e nos ajudes a viver ressuscitados, não dando nunca à morte a última palavra. 

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