«Ele examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções»

Olá Pai! Hoje a tua Palavra puxa por mim. Chama-me à responsabilidade. Obrigada por contares comigo para actuares no mundo. Obrigada por falares directamente, pão, pão – queijo, queijo. E obrigada também por nunca me negares a tua sabedoria e o teu apoio. E por ser sempre tua filha.


Hoje abanas-me com uma passagem do Livro da Sabedoria (6, 1-11):
Escutai, ó reis, e procurai compreender; aprendei, governantes de toda a terra. Prestai atenção, vós que dominais as multidões e vos orgulhais do número dos vossos povos: Do Senhor recebestes o poder e do Altíssimo a soberania; Ele examinará as vossas obras e sondará as vossas intenções. (…) É a vós, soberanos, que se dirigem as minhas palavras, a fim de aprenderdes a Sabedoria e não cairdes em falta. Porque os que santamente tiverem guardado as leis santas serão declarados santos e os que nelas se tiverem instruído encontrarão segura defesa. Procurai ouvir as minhas palavras desejai-as ardentemente e sereis instruídos.
E concretizas com o Salmo 81, 3-4:
Defendei o órfão e o desprotegido, fazei justiça ao humilde e ao pobre. Salvai o oprimido e o indigente, libertai-o das mãos dos ímpios.
O Senhor disse: «Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo. Mas, como homens, morrereis, como os príncipes, todos vós sucumbireis»
.


«Aprendei, governantes de toda a terra»; «Prestai atenção, vós que dominais as multidões»
Querido Pai, intuo que eu estas palavras se dirigem também a mim, não apenas aos presidentes e ministros. De facto, também eu sou governante, também eu tenho poder sobre outras pessoas. Sou governante da minha casa, do sector, mesmo pequeno, em que trabalho; sou também governante do meu País, da minha Comunidade: e também da Igreja, de que faço parte. E “domino” várias pessoas, que estão sob a minha responsabilidade: os meus filhos, a senhora que limpa a minha casa, as pessoas que coordeno no trabalho…
Portanto, também eu tenho de aprender; também eu devo prestar atenção.
De facto, foi de ti, Pai, que recebi o poder. Peço que me ajudes hoje a examinar o que tenho feito com ele. Quais têm sido as minhas intenções, a minha intencionalidade, nos lugares em que me movo? E o que tenho, efectivamente feito com poder que me é dado?
Tenho guardado as leis santas? Por outras palavras: Tenho amado?

«Amar é a firme decisão de me comprometer com o bem daqueles de quem me faço próximo.»
Tenho-me feito próxima? De quem? E tenho-me comprometido com o seu bem?
Tu sugeres, no salmo de hoje, algumas pessoas de quem não posso deixar de me fazer próxima. Dizes:
«Defendei o órfão e o desprotegido, fazei justiça ao humilde e ao pobre. Salvai o oprimido e o indigente, libertai-o das mãos dos ímpios.»
Por favor indica-me quem são, concretamente, estas pessoas frágeis e injustiçadas de quem me pedes que me aproxime. Que o meu amor não se esgote todo nos próximos mais próximos.


Querido Pai, que bom que me continues a examinar, a interpelar, a desafiar, a fazer-me olhar mais além!
E que bom também ouvir da tua boca, na tua Palavra, esta frase:
«Vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo»
Obrigada por sermos sempre teus filhos. Obrigada por nos dares a todos a possibilidade de chegar a amar como Tu. Que assim seja!

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