“Encontrou graça no deserto o povo que tinha escapado à espada”

«Naquele tempo, Eu serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo» – oráculo do Senhor. 

Assim fala o Senhor: «Encontrou graça no deserto o povo que tinha escapado à espada. Israel caminha para o seu repouso. 

De longe, o Senhor se lhe manifestou: Amei-te com um amor eterno. Por isso, dilatei a misericórdia para contigo. 

Hei-de reconstruir-te, e serás restaurada, ó donzela de Israel! Ai

nda te hás-de adornar dos teus tamborins e participar em alegres danças. 

De novo plantarás vinhas nas colinas da Samaria, e os cultivadores recolherão os frutos, 

porque há-de chegar o dia em que as sentinelas gritarão 

sobre os montes de Efraim: ‘Levantai-vos! Subamos a Sião, 

ao Senhor, nosso Deus.’» 

Jer 31, 1-6
Vivemos tempos de crise. Vivemos desertos. Vivemos tempos de mudança. Porquê? Para quê? Às vezes é preciso passar pelo deserto para escutar os gritos das sentinelas. Deixarmo-nos tocar pelo seu som, levantar a cabeça e olhar a Deus de coração aberto. 
São os gritos das sentinelas que nos inquietam, não para nos assustar, mas para nos colocar diante do “amor eterno”. Só no acolhimento do amor de Deus podemos encontrar sentido. Só Deus nos acompanha sempre e em qualquer deserto. Só Deus é capaz de nos virar olhar para um Oásis há muito ao nosso alcance, que está mesmo ao nosso lado, mas que os nossos olhos se inseguram, fraquejam e duvidam.
Hoje agradeço muito as sentinelas que Deus coloca na minha vida, pessoas concretas, actividades e compromissos que me alertam para o esseêncial.
Agradeço a presença de Deus companheiro de vida, que não me chama de longe, mas que vive os desertos a meu lado, se inquieta e me acompanha.
Agradeço o olhar de Deus sobre a minha vida, que me ajuda a ter uma perspectiva mais verdadeira daquilo que  vivo.
Quem / o que são as minhas sentinelas? Como é que Deus olha para este dia?

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