Jesus faz-nos o convite à liberdade

“Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa. E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga. Todos serão salgados com fogo. O sal é coisa boa; mas, se o sal ficar insosso, com que haveis de o temperar? Tende sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.”
Mc 9, 41-50


Nesta passagem do Evangelho, Jesus faz-nos o convite à liberdade.

Em primeiro lugar, penso que poderá ser importante perceber que liberdade é esta que Jesus nos convida a viver. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gálatas 5,13) Em que difere esta liberdade da liberdade de que ouvimos falar no nosso quotidiano?

“Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a”; “Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o”; “E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o”. São palavras que parecem bastante duras, até violentas… Não será esta a forma que Jesus encontra de, naquele tempo, fazer um pedido a que tenhamos percepção que, por vezes, temos “mãos, pés e olhos” que nos impedem de caminhar com Ele no amor? Estes impedimentos poderão assumir, nos dias de hoje, a forma de problemas reais como: a falta de tempo, a dificuldade em discernir, o stress, a peer pressure, os nossos medos, as nossas desconfianças, a falta de conhecimento sobre Ele, a falta de diálogo com Ele, quando em oração…

Jesus, ensina-me a saber auscultar-me e a dar-me conta de que, neste mundo agitado, há, de facto, factores que não me potenciam, porque ainda não os sei gerir bem. Acompanha-me neste caminho de aprendizagem: fala-me das Tuas, das Nossas prioridades e ajuda-me a segui-las em liberdade, sem medos, sem prisões, sem desconfianças.

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