Lidar com a crise não é a sua superação

“Naquele tempo, Jesus disse: «Eu Te louvo, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Meu Pai entregou-Me tudo a Mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar. Vinde a Mim todos os que estais cansados de carregar o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso. Carregai a minha carga e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas vidas. Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve».

Da conferencia de Vasco Pinto Magalhães, Jesuíta

“Por vezes pensamos que Deus não permitiria a crise. Mas ela existe na vida de todos.
A interrogação deve ser – Como é que Deus nos ajuda a ultrapassar a crise? 

A história da salvação do povo Deus dá-nos a pista – Só o amor passa a crise –
não como uma técnica mas fazendo aquilo que o amor pede para fazer/viver.
Em mandarim crise são dois caracteres que significam perigo e oportunidade. 
Faz parte da condição humana – tem de haver crise para haver crescimento. A forma de medi-la tem de ser pela oportunidade e não pelo difícil. Quem não está em crise é que pode estar em crise.

A crise mexe com as nossas relações pessoais: pode deteriorar a relação comigo próprio.
As crises começam a aparecer quando se muda do ideal da pessoa e
da comunidade para o bem próprio, para o consumo.

No entanto, na renovação das relações e no encontro consigo mesmo a crise faz-nos bem e faz-nos mudar. O reverso do sofrimento pode ser o crescimento.

Lidar com a crise não é alcançar a sua superação mas procurar a mudança de
paradigma. 
Qual é para mim esse novo paradigma?”

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