“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos”.
Mc 10, 32-45
O que ando aqui no mundo a fazer? O que faço em minha casa, na escola, no meu trabalho? Organizo a minha vida em função das minhas necessidades exclusivamente ou em função das necessidades de quem me rodeia? Dos meus familiares, dos meus colegas, dos meus amigos?
Tiago e João queriam ficar nas melhores posições: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.» Jesus não queria acreditar no que ouvia. A sua mensagem não estava a passar nem para os seus discípulos.
E nós percebemos o que Jesus nos pede cada dia? Em cada decisão da nossa vida, das mais pequenas às maiores estamos a servir os outros? Estamos a dar a nossa vida?
Por vezes pensamos: “Deus pede-nos o impossivel, não vale a pena” e vamos vivendo uma vidinha medrioque. Vamos à missa, somos amigos dos nossos amigos… Deus pede-nos o impossível, é verdade. E nós tentamos lá chegar? Ou desistimos à partida? Deus dá-nos força para que a nossa vida seja um caminho para o impossível, um caminho para a Verdade.
Fiquei muito espantada com o último “sucesso” da música dos Deolinda, a geração “Parva”. Fiquei triste. Em vez de valorizarmos o que temos de bom, só conseguimos ver o que há de mau. É verdade que vivemos coisas tolas, parvas, mas parece que estamos a pôr as culpas no “sistema”.
“A Geração que está verdadeiramente lixada é aquela que, sem óbvias perspectivas de vida, há muito morre ao abandono, vitima de uma coisa que se convencionou chamar envelhecimento da população e que, agora de repente, todos se lembraram de falar….” li num blog.
Como nos podemos “queixar” da vidinha que temos quando há idosos a viver de pensões de miséria, numa completa solidão?
Jesus convida-nos a servir o proximo e não ficar à espera que nos sirvam.
Não fiquemos à espera do emprego perfeito, da conta bancária perfeita, do momento perfeito para ter as crianças…