Mc 2, 23-28

No passado 5 de Outubro fui passar o fim de semana alargado com o meu marido e filhos fora do local onde vivemos. Assim o meu filho de 6 anos, que está no 1.ª classe, faltou um dia às aulas. Conforme mandam as regras, preenchi na sua caderneta uma justificação da falta. O que deveria escrever? “Passeio de família”?? A amiga (dentista) com quem passámos esses dias, com quem não estávamos há uns meses, propos que escrevessemos na caderneta que tinha ido a uma sua consulta de medicina dentária…

Passados uns dias falei com a professora sobre outros assuntos e aproveitei para saber o que achava da justificação da falta. Concordou que era importante uma criança passar uns dias com os pais num ambiente diferente, mas acabou por dizer: “Talvez seja melhor, numa proxima vez, dizer que foi a uma consulta…” Ao que eu respondi que não podia escrever isso pois não era verdade e eu não sabia mentir. Ela ficou um pouco sem saber o que dizer…

Esta situação fez-me lembrar quando Jesus andava a fazer coisas que não era suposto serem feitas ao sábado. Para que são as regras? Para nos orientarem? Para nos servirem? Ou passamos a ser servos das regras? Mentimos para seguir as regras? 

A Verdade e o Amor estão acima das leis, das regras que os homens fazem que não podem prever todas as situações da vida. É preferivel mentir? Como explicaria a mentira ao meu filho? “Filho, é mais importante qualquer consulta médica do que estares com o teu irmão, com o teu pai e comigo, num sitio lindo, de forma descontraida, com uma amiga da familia…” Eu não sei explicar isto. 

Ajuda-me Pai a tomar as melhores decisões baseadas na Verade e no Amor e não simplesmente nas regras.