“O Senhor trata com familiaridade os que O temem”

Olá Senhor! Aproxima-se o Natal. Que bom poder parar, mesmo que isso implique uma certa resistência para não me deixar levar pelo ritmo externo às vezes tão acelerado destes dias. Que bom esperar em silêncio pela tua voz, pela tua Palavra que se faz carne em Jesus!


Senhor, hoje dás-me estas palavras do salmo 24 para que eu possa rezar:
Erguei-vos e levantai a cabeça:
está perto a vossa redenção.
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
ensinai-me as vossas veredas.
Guiai-me na vossa verdade e ensinai-me,
porque Vós sois Deus, meu Salvador.
O Senhor é bom e recto,
ensina o caminho aos pecadores.
Orienta os humildes na justiça
e dá-lhes a conhecer os seus caminhos.
Os caminhos do Senhor são misericórdia e fidelidade
para os que guardam a sua aliança e os seus preceitos.
O Senhor trata com familiaridade os que O temem
e dá-lhes a conhecer a sua aliança.


Nestes dias mais próximos ao Natal, Senhor, aumenta em mim a sede e o desejo de me deixar iluminar pela tua Luz, de que me mostres os teus caminhos, que me ensines a viver esta vida humana e maravilhosa que me deste! Saiba eu saborear a bondade de um Deus que deixa “o lado de lá” para estar e ser Deus connosco “do lado de cá”, num corpo como o nosso, vivendo uma vida como a nossa, com alegrias e tristezas, dor e consolação, desafios e maravilhas… Por vezes, saboreamos pouco a beleza da vida humana porque nos agarramos demasiado a expectativas e ideais que criamos e não nos abrimos ao milagre que é VIVER. Por isso, os humildes são aqueles que se deixam orientar pela Luz que és Tu e deixam-se surpreender pela Vida que se esconde em cada situação, em cada dia, em cada encontro… Que eu passe muito tempo a pedir “mostra-me Senhor os teus caminhos” e à medida que vivo o meu dia, possa seguir as tuas orientações.
Diz ainda o Salmo de hoje que Tu Senhor tratas com familiaridade os que te amam, e dás-lhes a conhecer a tua aliança. Tu és um Deus familiar. Não falas a partir do alto, nem mandas do céu uma lista de mandamentos, mas vens caminhar ao nosso lado. Como um amigo fala ao seu amigo assim nos queres falar a cada momento de oração e a cada passo da nossa vida. E eu Senhor, trato-te com familiaridade? Ou ás vezes fico séria e constrangida diante de ti? Abro o coração sabendo que Tu, me chamas amiga?


Que a familiaridade que vivo contigo Senhor, se possa manifestar na familiaridade com os outros, com as pessoas com quem partilho estes dias, com quem me cruzo na rua, nas compras ou no trabalho… Que neste Natal faças crescer as nossas relações de amizade e nos ensines a caminhar lado a lado, como Tu fazes connosco.

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