“Ao ver a multidão, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele. Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo: Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu.”
Mateus 5,1-12
Esta semana diante das situações que vivi e rezei, dava-me conta da sabedoria deste ditado tão popular: “Some see the doughnut, others see the hole”.
Diz-nos que diante de um copo com metade do líquido, os pessimistas vêem um copo metade vazio. Já os optimistas vêem o copo meio cheio. Diante das situações do dia-a-dia podemos viver deprimidos, angustiados e tristes, ou conformados, tranquilos, mansos, felizes.
Hoje recordo uma meditação que fiz diante do Santuário das Bem Aventuranças, na Terra Santa, com o Lago Tiberíades como pano de fundo: Um padre franciscano dizia-nos que em hebraico a palavra Felizes, ou Bem Aventurados, significa “para a frente, muda, avante, ânimo!”.
Dizia que no seu doutoramento o professor o tinha aconselhado a ver o sermão da montanha com o hebraico por trás. E quando acontecer uma desgraça, um desencanto, não devemos deixar-nos dominar pela tristeza, pela perseguição, pela irritação, pelo Anti Reino.
Alcançamos o Reino, viveremos felizes, tranquilos e pacientes, mesmo diante dos problemas que a vida nos traz, vendo o copo “meio cheio”, na medida em que actualizarmos constantemente esta vivência.
O Advento começa já no dia 1 de Dezembro e hoje também me apercebia de como o podemos viver com esta Esperança:
Atentos e disponíveis, receptivos, ou, andar despistados e preguiçosos, desperdiçando toda esta maravilha.
Via muito importante o questionar-me se o que faço e vivo me mantém nessa atitude de acolhimento e preparação para a vinda do Senhor.