“Se conhecesses o dom de Deus…”

‘Chegou, pois, a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacob tinha dado ao seu filho José. Ficava ali o poço de Jacob. Então Jesus, cansado da caminhada, sentou-se, sem mais, na borda do poço. Era por volta do meio-dia. Entretanto, chegou certa mulher samaritana para tirar água. Disse-lhe Jesus: «Dá-me de beber.» Disse-lhe então a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim que sou samaritana?» É que os judeus não se dão bem com os samaritanos. Respondeu-lhe Jesus: «Se conhecesses o dom que Deus tem para dar e quem é que te diz: ‘dá-me de beber’, tu é que lhe pedirias, e Ele havia de dar-te água viva!» Disse-lhe a mulher: «Senhor, não tens sequer um balde e o poço é fundo… Onde consegues, então, a água viva? Porventura és mais do que o nosso patriarca Jacob, que nos deu este poço donde beberam ele, os seus filhos e os seus rebanhos?» Replicou-lhe Jesus: «Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.»’
Jo 4, 5-14

 

‘Se conhecesses o dom de Deus…’ a Samaritana disse que sim, a Samaritana reconheceu que em Deus poderia encontrar Algo, poderia encontrar Alguém que a saciava para sempre, Alguém que lhe dava uma resposta de Vida, de Amor, de Esperança. ‘Todo aquele que bebe desta água voltará a ter sede; mas, quem beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele em fonte de água que dá a vida eterna.’

– E nós o que dizemos?

Se fossemos mais além e aceitássemos o Seu desafio de sermos Seus companheiros de caminho? De vivermos a nossa vida na Sua companhia? Poderíamos quebrar o vidro que nos separa de Deus e sentir o Seu Amor por nós, a força da Sua Esperança para a nossa vida.

– Poderemos, como a Samaritana, acolher a ‘água viva’ que Deus nos quer dar? Poderemos dar resposta à ‘sede’ que temos de permanecer em Deus, no Seu silêncio, na Sua Paz?

Quantas e quantas vezes não ‘mendigamos’ amor junto de quem não nos merece, quantas vezes não buscamos paz e serenidade no exterior, satisfação nos bens materiais e supérfluos, nas satisfações imediatas e etéreas.

Se soubéssemos o quanto Deus anseia profundamente estar e viver connosco, seriamos nós os primeiro s abrir-lhe a porta. Porque não o fazer? O que nos impede?

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