Qual é a chamada do Pai para mim?

Olá Jesus! À semelhança do que Simão faz, no Evangelho que a Igreja nos oferece hoje, quero começar esta oração tornando presentes as pessoas que trago no coração. Peço-Te pelos que entregam a vida em teu nome e que sempre nos acompanham, os sacerdotes e as missionárias; peço-Te pelas nossas famílias e pelos nossos amigos; peço-Te pelas pessoas que se cruzam connosco, cujos nomes nem sabemos; e ainda pelos que já partiram para junto de Ti, que guardamos com ternura e saudade. Dá a cada um aquilo que mais precise e que só Tu conheces.


Hoje, a Palavra que me diriges está no Evangelho de S. Marcos
Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos, e a cidade inteira estava reunida junto à porta. Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era. De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração. Simão e os que estavam com Ele seguiram-no. E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.» Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios
Mc 1, 29-39


Neste episódio do Evangelho de São Marcos, chama-me a atenção o discernimento de Jesus e a forma como vive livremente a vontade do Pai. Observamos momentos de intimidade com amigos, momentos de total imersão na multidão e de incontáveis curas, momentos de solidão habitada em oração e momentos de decisão pelo maior bem.
Destes momentos, o que me toca mais é o último: quando Jesus é incentivado pelos Seus discípulos a permanecer onde estavam e opta por partir para outro lugar.
Julgo que esta é uma rasteira em que caímos constantemente. Se ficasse, com certeza que Jesus iria continuar a curar pessoas e fazer imensas coisas incríveis, o que seria bom. No entanto, essa não era a chamada do Pai. Quantas vezes não nos dispersamos nós também em tantas ocupações e curas, tão boas em si mesmas, mas que nos afastam ou impedem de chegar ao essencial da chamada do Pai para nós.
Jesus toma a decisão de partir depois de estar em oração. É na oração que conseguimos ganhar distância, afinar a nossa sensibilidade e separar o essencial do acessório: o bem, da aparência de bem.
Que cada um de nós possa aproveitar este momento para avaliar e purificar as suas boas intenções, para que possamos viver cada vez mais centrados no essencial e na Missão que o Pai nos confia.
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Olhando agora para Maria e para o seu “sim”, pedimos-lhe que nos ajude a discernir que pequenos “nãos” temos que dar para viver a sério o grande “sim” que somos convidados a viver.
Avé Maria…

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