“Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.”
Jo 13, 34
Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.
Jo 13, 1
Toda a pessoa sente o desejo de amar e de ser amado. No entanto, como é difícil amar, quantos erros e fracassos acontecem no amor! Há mesmo quem chegue a duvidar se o amor é possível. As carências afectivas ou as desilusões sentimentais podem fazer-nos pensar que amar é uma utopia, um sonho inatingível. Temos, então, de resignar-nos? Não! O amor é possível. A finalidade desta minha mensagem é contribuir no reavivar em cada um de vós, que sois o futuro e a esperança da humanidade, a fé no amor verdadeiro, fiel e forte; um amor que traz paz e alegria; um amor que une as pessoas, fazendo-as sentir-se livres no respeito mútuo.
Na cruz, Cristo grite: “Tenho sede!” (Jo 19, 28), revelando assim uma sede ardente de amar e de ser amado por todos nós. Apenas quando percebemos a profundidade e a intensidade deste mistério, é que damos conta da necessidade e da urgência de que O amemos “como” Ele nos amou. Isto implica também o compromisso se for necessário, de dar a própria vida pelos irmãos, apoiados pelo amor que Ele nos tem. Já no Antigo Testamento Deus disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lev 19, 18), mas a novidade de Cristo consiste no facto de que amar como Ele nos amou significa amar a todos, sem distinção, inclusive os inimigos, “até ao fim”.
Mensagem do Santo Padre Bento XVI aos Jovens (2007)