«Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco»

Bom dia, Jesus, Pai, Espírito Santo! Obrigada por este dia, por tudo o que vivi e pelo que ainda vou viver hoje. Obrigada porque Tu estás, Tu acompanhas-nos e guias-nos mesmo quando andamos a desviar-nos do caminho muitas vezes. És Tu quem renova a esperança em nós e nos dá força para fazer o que está ao nosso alcance.


A leitura de hoje do profeta Jeremias em Jer 14, 17-22 parece ter sido escrita recentemente:
Chorem meus olhos, noite e dia, lágrimas sem fim, porque uma grande ruína, uma chaga atroz, tortura a virgem, filha do meu povo. Se saio para o campo, eis os mortos à espada; se entro na cidade, eis as vítimas da fome. Tanto o profeta como o sacerdote percorrem o país e não compreendem. Acaso rejeitastes inteiramente Judá? Porque Vos desgostastes com Sião? Porque nos feristes sem esperança de remédio? Esperávamos a paz e nada vemos de bom, uma era de restauração e surgiu a angústia. Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade e a culpa dos nossos pais, porque pecámos contra Vós. Não nos rejeiteis, por amor do vosso nome, não deixeis profanar o vosso trono de glória. Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco.

O Salmo 79, 8-13 ajuda-nos a pôr em palavras o que nos vai na alma:
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis.
Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados, para glória do vosso nome.
Chegue à vossa presença, Senhor, o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço, libertai os condenados à morte.
E nós, vosso povo, ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre e de geração em geração cantaremos a vossa glória.


“Esperávamos a paz e nada vemos de bom, uma era de restauração e surgiu a angústia.”
Há mais de dois mil anos, o profeta Jeremias fez este lamento. Senhor, hoje em dia, tantos povos por esse mundo fora, gritam o mesmo: “Esperávamos a paz e nada vemos de bom…” E nós que vemos os noticiários e lemos os jornais no conforto das nossas casas, que fazemos? Lançamos gritos e gemidos nas nossas orações que chegam à presença de Deus? Mudamos nossas atitudes para que não sejamos nós o joio, mas sim o trigo; pessoas que geram ambientes de paz? («Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.» Mt 5,9)
Pomo-nos a caminho, arregaçamos as mangas e fazemos algo de concreto pela nossa comunidade mais próxima ou por uma comunidade mais distante que vive tempos difíceis?


“Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis.”, diz o Salmo. Senhor, de facto, somos tão miseráveis sem ti! Corra mesmo ao nosso encontro a vossa misericórdia! Corra ao nosso encontro o vosso amor! Corra ao nosso encontro a vossa graça! Corra e faça-nos correr para alcançar a meta, para construir o Reino à nossa volta!

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