Senhor, é tão bom saber-me nas Tuas mãos…

Bom dia, Senhor. No meio de tudo aquilo que neste momento vivo, pessoalmente e a nível humano, no meio de tantas circunstâncias em que o Homem parece ter enlouquecido – e, como dizia um padre outro dia, ser mais bicho que os próprios bichos, – quero agradecer-Te o dom da fé e pedir-Te que nos ajudes a todos a
permanecer na Tua esperança. Que nos lembremos que vivemos em Tuas mãos e que, Tu podes fazer de
nós verdadeiros milagres de Amor.


Hoje somos convidados a escutar e rezar Jr 18, 1-6.
Palavra do Senhor a Jeremias: “Vem, desce até a casa do oleiro, que ali te farei ouvir a Minha palavra”. Desci até a casa do oleiro e lá estava ele executando um trabalho na roda. O objeto que fazia de barro se estragou na mão do oleiro. Ele fez um outro objeto conforme lhe pareceu mais conveniente. Foi então que veio a mim a palavra do Senhor: “Será que não posso agir convosco, casa de Israel, da forma como fez esse oleiro? — oráculo do Senhor. Pois como o barro na mão do oleiro, assim estais vós em Minha mão, casa de Israel.”


Senhor, é tão bom saber-me nas Tuas mãos… É tão bom saber o mundo e a humanidade nas Tuas mãos…
Sem isso, Senhor, como seria possível viver com o meu limite e o meu pecado? Com a minha imperfeição? Como seria possível olhar o mundo de hoje e continuar a confiar que o Amor terá a última palavra? Se com a pouca fé que tenho já é difícil…
Por isso hoje, Senhor, agradeço tanto estes dois dons: a fé e a esperança. Possíveis apenas porque a nossa vida e a vida do mundo não depende de nós, ou apenas de nós, mas de Ti. Porque mesmo quando dói, e às vezes dói muito, confiamos que a Tua vontade continua a fazer caminho em nós, a moldar-nos com Tuas amorosas mãos no ritmo vertiginoso da roda do oleiro que nunca para. Porque confiamos que, mesmo quando não é a Tua vontade, nunca nos largas da Tua mão e vais fazendo em nós, e de nós, aquilo que precisamos para ser e viver as nossas circunstâncias. A cada momento e em cada etapa – “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Mesmo quando parece que nos estragamos, continuamos a poder estar nas tuas mãos… de oleiro criativo e renovador.


“Eu quero ser, Senhor amado, como barro, nas mãos do oleiro. Toma a minha vida, fá-la de novo. Eu quero ser um vaso novo”.
Amém!

Os comentários estão encerrados.