«Só aquele que faz a vontade de meu Pai entrará no reino dos Céus»

Olá Senhor, como estás? Que bom que é estar este tempo contigo, experimentar o teu amor que abarca a minha vida, existência, o tempo, o espaço, tudo!
Agora é tempo de parar e perguntar também: “Como é que eu estou, Senhor?” Faz-me ver o essencial e experimentar neste tempo de oração uma nova perspetiva. Talvez o que eu leve por dentro, no coração, que ocupa tanto espaço, seja efetivamente mais pequeno. Por outro lado, talvez tanta coisa me esteja a passar despercebida sendo, na realidade, bem mais importante e capaz de “salgar” a minha vida, dar-lhe sabor.
Senhor, qual a tua vontade? Senhor, dispõe… e faz de mim o que quiseres!


Hoje o convite do Senhor está no Evangelho de Mateus 7, 21-29:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Nem todo aquele que Me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos Céus, mas só aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus. Muitos Me dirão no dia do Juízo: ‘Senhor, não foi em teu nome que profetizámos e em teu nome que expulsámos demónios e em teu nome que fizemos tantos milagres?’. Então lhes direi bem alto: ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática é como o homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é como o homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as torrentes e sopraram os ventos contra aquela casa; ela desmoronou-se e foi grande a sua ruína». Quando Jesus acabou de falar, a multidão estava admirada com a sua doutrina, porque a ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.


Vivemos tempos da história da humanidade marcados pela eficiência e eficácia, com pouco tempo para o simples estar… Parar e não fazer “nada” é, por um lado, um luxo e, por outro lado, uma decisão mal-amada, estranha e até incompreensível para muitos.
O Senhor não nos deseja somente “fazedores”. O seu desejo é que sejamos primeiramente filhos! E, como filhos, então sim, temos o compromisso para com os irmãos de construir um mundo mais justo e fraterno! E para isso há que arregaçar as mangas, ter um “coração de carne” e, com os sentidos bem despertos, fazer parte da mudança, de uma mudança à força de amor!
É curioso que já no tempo de Jesus as prioridades trocavam-se e como tal Ele chamava à atenção para começarmos por seguir a vontade do Pai… E para isso, há primeiro que a conhecer… E para isso, há primeiro que criar uma relação amorosa com o Pai…


A nossa vida é como um frágil “vaso de barro” na qual transportamos um tesouro que ultrapassa o nosso entendimento… Alicercemos a nossa fragilidade na fortaleza do Senhor! Porque o Senhor tudo abarca! Senhor, dispõe… e faz de mim o que quiseres!

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