«Um cântico de amor à Sua vinha»

Obrigada Senhor por este dia, pela vida, pelo sol ou pela chuva; obrigada sobretudo pela tua presença silenciosa e firme em cada instante.


Hoje as leituras falam-nos da tua vinha, do teu povo, de todos nós. Tanto o profeta Isaias como o evangelista Mateus, usam a mesma comparação. Is 5, 1-7 diz assim:
Vou cantar, em nome do meu amigo, um cântico de amor à sua vinha. O meu amigo possuía uma vinha numa fértil colina. Lavrou-a e limpou-a das pedras, plantou-a de cepas escolhidas. No meio dela ergueu uma torre e escavou um lagar. Esperava que viesse a dar uvas, mas ela só produziu agraços. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e a minha vinha: Que mais podia fazer à minha vinha que não tivesse feito? Quando eu esperava que viesse a dar uvas, porque é que apenas produziu agraços? Agora vos direi o que vou fazer à minha vinha: vou tirar-lhe a vedação e será devastada; vou demolir-lhe o muro e será espezinhada. Farei dela um terreno deserto: não voltará a ser podada nem cavada, e nela crescerão silvas e espinheiros; e hei-de mandar às nuvens que sobre ela não deixem cair chuva. A vinha do Senhor do Universo é a casa de Israel e os homens de Judá são a plantação escolhida. Ele esperava rectidão e só há sangue derramado; esperava justiça e só há gritos de horror.


A vinha nesta leitura representa o povo de Israel, mas se olharmos para a nossa vida, não há-de ser muito diferente. Há um Deus Pai que cuida de nós sem cessar, lavra a nossa terra, limpa-a e planta tudo o que há de melhor. No entanto, nós nem sempre produzimos boa uva, a nossa vinha volta e meia também produz agraços. Podemos achar que por isso Deus deixará de cuidar de nós, que deixará de cavar e podar a nossa vinha, como diz o texto, mas não, Deus é tão misericordioso e compassivo, que não é capaz de nos abandonar. Simplesmente, não o pode fazer. E nós sabemos disso, e quando ficamos aflitos dizemos como o salmista: “Deus dos exércitos, vinde de novo; Olhai dos céus e vede, visitai esta vinha; Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou; O rebento que fortalecestes para Vós”. E fazemos promessas que derretem o coração do nosso Pai:”Não mais nos apartaremos de Vós; Fazei-nos viver e invocaremos o vosso nome.”


Obrigada, Senhor por tanto amor que me tens! Como te pagarei todo o bem que tens feito na minha vida? Como posso agradecer-te? Como posso louvar-te hoje? Como posso fazer com que a minha vinha produza melhores frutos?

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