Um gesto unilateral de Amor …

O que nos resta dizer? Se Deus está a nosso favor, quem estará contra nós? Ele não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O por todos nós. Como não havia de nos dar também todas as coisas com o seu Filho? Quem acusará os escolhidos de Deus? É Deus quem torna justo! Quem condenará? Jesus Cristo? Ele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à direita de Deus e intercede por nós? Quem nos poderá separar do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Como diz a Escritura: «Por tua causa somos entregues à morte o dia inteiro, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro». Mas, em todas estas coisas somos mais do que vencedores por meio d’Aquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor. 
Rom 8

Neste inicio do ano ainda levo comigo as questões de como viver a Paz. Não só aquela paz que desejamos para o mundo naqueles conflitos atrozes que acompanhamos à distância (na Síria e no Médio Oriente, em Africa e na Ucrânia). Neste inicio do ano penso na Paz que está ao nosso alcance construir. A paz nas nossas casas e nos nossos ambientes, marido e mulher, pais e filhos, colegas, colaboradores e chefias, ao volante do carro e das nossas vida. Paz que tenho a certeza influenciará também a Paz a maior distância.

Tenho comigo uma frase de Tolentino Mendonça – “Aquilo que resgata a vida é um gesto unilateral de amor”.

Aquilo que constrói a Paz é muitas vezes, talvez na maioria das vezes, um gesto unilateral de amor – por vezes sem escutar um perdoa-me, um obrigado, um sorriso ou um consentimento. É muitas vezes um gesto mal entendido, interpretado com desdém, como uma ingenuidade ou mesmo uma parvoíce.

Se queremos encontrar uma solução para a vida individual ou para a vida coletiva unicamente como um ajuste, como a construção de uma reciprocidade exatamente igual de parte a parte, nunca chegamos verdadeiramente a encontrarmo-nos.

Sem essa capacidade de amarmos sem ser amados nunca sairemos do ciclo de desentendimento .Um dos elementos mais importantes do amor é a capacidade de perdoar.

A ausência de perdão é o fim da esperança.

Quem o fez melhor do que Jesus Cristo?

Quem continuamente o faz hoje com cada um de nós, senão o nosso Deus??

Quem o mostrou com a sua própria vida?

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