Hoje é o primeiro sábado de Julho, dia de descanso para muitos, e que certamente traz um desejo – ou já concretização – de férias, de aproveitar de algum modo o bom desta altura do ano. Por isso hoje Senhor, quero agradecer-te a luz destes dias, as possibilidades que o tempo de Verão nos abre.
Também sei de que em muitos lugares do globo – e também em Portugal – a vida continua difícil e dura, a pedir o nosso melhor. Agradeço-te o privilégio de ser consciente de Ti e a esperança que dás, e quero deixar-me desafiar por Ti.
Por isso, embora hoje tudo convide ao descanso e por vezes à evasão das dificuldades, ajuda-me a viver bem este dia, com a consciência de que todos os momentos são bons para ter a ousadia de deixar o Teu perfume na vida dos outros.
Para o evangelho de hoje a Igreja propõe-nos Mt. 9, 14-17:
“Naquele tempo, foram ter com Ele os discípulos de João, dizendo: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, hão-de vir dias em que lhes será tirado o esposo e, então, hão-de jejuar.» «Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgão torna-se maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; de contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho e estragam-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e, desta maneira, ambas as coisas se conservam.»”
Esta leitura insere-se num momento da tua vida, Jesus, em que a tua ação gera perguntas. Além do mais situa-se antes de vários encontros com pessoas que te procuram.
À pergunta sobre os discípulos, tu respondes que não têm de viver em jejum, porque tu está com eles…
Será, Senhor, que vivo em jejum de alegria, de esperança?
Será que experimento que estás longe ou te deixo longe?
Será que deixo a fé apagar-se e ficar reduzida a uma doutrina fria cheia de preceitos?
Na segunda parte, desafia-nos a viver de um modo novo a novidade que nos trazes.
Muitas vezes seguimos-te, Jesus, à nossa maneira, misturando o que tu nos propões com muitas conveniências, acomodações…e isso esvazia os nossos “odres”, tira-nos a esperança, desanima-nos e faz-nos desistir.
Como está a frescura e ousadia do meu “sim”?
Jesus, relembra-me como viver com esperança os pequenos e grandes atos de amor, de apostar a fundo perdido, de ser criativo…
Senhor, quero viver este dia com fé, consciente que em “Deus nos movemos, somos e existimos”. Que estamos envolvidos em Ti, e que, apesar das aparências, Tu caminhas com a Humanidade. Que eu possa testemunhá-lo hoje e alegrar-me.
Obrigado por nos desafiares a viver a fé ao Teu modo, não a reduzindo à nossa conveniência; a viver a alegria que traz um amor comprometido com os outros, com a sociedade que construímos e precisa do melhor de cada um.