É Domingo Senhor! O Teu dia! Reaviva a minha fé em Ti que estás Vivo! Tu que, nasceste em Belém, viveste numa família em Nazaré, caminhaste pela Galileia, fizeste um grupo de amigos que Te seguiram, deste vista aos cegos, fizeste caminhar os coxos e falar os mudos… foste condenado, morreste crucificado, Ressuscitaste, agora estás Vivo, e estás presente no meio de nós, de forma especial na Eucaristia. Desperta-me Senhor para esta realidade e contagia-me da Tua Vida.
Ajuda-me a escutar-Te no Evangelho de S. Lucas 18,9-14.
Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: ‘Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.’
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.’
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»
Jesus esta parábola interpela-me e faz-me questionar sobre a atitude com que vivo e com que a cada momento de oração me apresento de Ti. No fundo, sobre o que é “ser justo” para Ti.
O cobrador de impostos voltou justificado para sua casa, isto é, voltou com uma experiência do Teu amor que o libertou, perdoou, reconciliou e o deixou mais próximo de Ti e em comunhão contigo e com os outros. Para isso, foi preciso estar diante de Ti tal como era. Tal como estava, com os seus dons e o seu pecado, sem máscaras nem troféus.
Por outro lado o fariseu, pensava que seria justificado, amado, que entraria em comunhão contigo por causa das suas obras, pensava que o conseguiria pelas suas próprias forças.
Como vivo? Apoiando-me apenas naquilo que sou capaz, nas minhas próprias forças e desanimando pelo que não consigo? Ou aceitando os meus dons e também a minha fragilidade sabendo que me posso aproximar de Ti com tudo isso? Como me apresento diante de Ti?
E como olho para os outros? Acolhendo quem são ou julgando-os por aquilo que aparentam, por aquilo que fazem ou não fazem? Dizem ou não dizem?
Senhor, quanto preciso de me fazer consciente de que todos temos forças e fraquezas, qualidades e defeitos, bondade e maldade… e assim nos podemos aproximar de Ti e receber o Teu Amor gratuito! Ajuda-me para que a minha oração não seja um dar voltas aos meus êxitos nem aos meus fracassos, ao que faço bem e ao que faço mal, mas que seja um abrir-me ao Teu amor gratuito que sempre me faz voltar a casa “justificado”.