Olá Jesus! Hoje és pequenino. Ontem festejámos o teu nascimento! Que grande data! O Verbo que era Deus e que estava em Deus, como diz S. João, veio morar junto de nós, como um de nós. Por isso te podemos sentir tão próximo!

A Palavra que hoje nos inspira é:
Ao ouvirem tais palavras, encheram-se intimamente de raiva e rangeram os dentes contra Estêvão. Mas este, cheio do Espírito Santo e de olhos fixos no Céu, viu a glória de Deus e Jesus de pé, à direita de Deus. «Olhai, disse ele, eu vejo o Céu aberto e o Filho do Homem de pé, à direita de Deus.» Eles, então, soltaram um grande grito e taparam os ouvidos; depois, à uma, atiraram-se a ele e, arrastando-o para fora da cidade, começaram a apedrejá-lo. As testemunhas depuseram as capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E, enquanto o apedrejavam, Estêvão orava, dizendo: «Senhor Jesus, recebe o meu espírito.»
Act 7, 54-59

A festa que a Igreja celebra hoje é dedicada a Santo Estêvão, 1º mártir cristão. O primeiro de tantos que, por estarem apaixonados por Jesus, o seguiram e deram testemunho dele com valentia. A Palavra de Deus diz que Estêvão actuava cheio do Espírito Santo. Ele foi acusado injustamente e julgado pelo Sinédrio, mantendo-se firme e fiel a Jesus, sendo por isso assassinado à pedrada, pedindo perdão pelos pecados dos seus carrascos. O seu martírio soa muito àquilo que vimos em Jesus na sua paixão e morte.
O martírio é uma questão de um amor muito forte, pelo qual se dá a vida! Um amor ao qual não se pode renunciar, precisamente por ser tão forte!
Será que vivo este amor? Qual é o meu tesouro, onde ponho a minha paixão?
Por quem e por que causa daria eu a vida, se é que a daria?

Lembro tantos cristãos perseguidos que neste sec. XXI continuam a ser mártires. Tantos homens e mulheres apaixonados por Jesus que no meio de sérias ameaças e torturas não perdem a fé, ao contrário, dão um testemunho extraordinário de que Jesus é essencial nas suas vidas. Martírio significa precisamente “testemunho”.
E às vezes penso no contraste em que vivemos muitos de nós, um cristianismo acomodado. Não que ache que tenhamos todos que morrer e graças a Deus que na Europa existe liberdade religiosa, como um dos direitos adquiridos. Mas o problema é quando nos acomodamos e vivemos um cristianismo “morno”, que não testemunha nada porque já não há amor verdadeiro, já não há paixão por Jesus nem ardor por anunciar o seu Evangelho! O testemunho é uma questão de amor e de amor apaixonado! Não convenço ninguém se o amor de Jesus não estiver bem vivo em mim para poder ser o Seu reflexo.

Hoje peço-te Sto Estêvão pelos cristãos que em tantos lugares do mundo são perseguidos e mortos por causa da sua fé. Peço ainda por nós, cristãos do Ocidente, que nos contagies essa paixão por Jesus e esse ardor missionário que te fez dar a vida!