Pai, hoje é a Ti que me dirijo. Ajuda-nos a compreender o alcance da promessa que fizeste a Abraão: “Eu te cumularei de bênçãos e multiplicarei a tua posteridade”. Faz com que interiorizemos que todos somos também cumulados de bênçãos.

Hoje a Palavra incentivadora de Deus chega-nos através da Epístola de S. Paulo aos Hebreus
«Irmãos: Deus não é injusto. Ele não pode esquecer o vosso trabalho e o amor que mostrastes pelo Seu nome, colocando-vos ao serviço dos santos, no passado e no presente. Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo, mantendo intacta a sua esperança até ao fim, de modo que não vos torneis tíbios, mas imiteis aqueles que, pela fé e pela esperança, se tornam herdeiros dos bens prometidos. Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurar, jurou por Si próprio, dizendo: «Eu te cumularei de bênçãos e multiplicarei a tua posteridade». E por ter perseverado pacientemente, Abraão alcançou a realização da promessa. Os homens, de facto, juram por alguém maior que eles e o juramento é uma garantia que põe fim às suas contendas. Por isso Deus, querendo mostrar solenemente aos herdeiros da promessa como era imutável o seu desígnio, comprometeu-Se com juramento. Assim, por dois actos irrevogáveis, nos quais é impossível Deus mentir, nós temos um forte incentivo para nos refugiarmos firmemente na esperança proposta. Nela tem a nossa alma uma âncora inabalável e segura, que penetra para além do véu, onde entrou Jesus como nosso precursor, constituído sumo sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec.»
Hb 6, 10-20

As palavras de S. Paulo na primeira leitura de hoje estão cheias de esperança! Ele começa por nos dizer que “Deus não pode esquecer o nosso trabalho e o amor que mostrámos pelo Seu Nome” e incentiva-nos a “manter intacta a nossa esperança até ao fim”. Tal como todos os cristãos antes de nós, somos herdeiros das bênçãos prometidas a Abraão e essa certeza consolida-nos a Fé e a Esperança e leva-nos a querer Amar cada vez melhor, tal como Jesus nos veio ensinar. Ele é o nosso precursor, como diz S. Paulo.
Também nós, como Abraão, o Pai da Fé, somos chamados a “perseverar pacientemente” numa vida para Deus: Ele já nos cumulou de bênçãos e cada um de nós tem as suas próprias, nas suas circunstâncias de vida. Somos capazes de as reconhecer e agradecer, a cada dia?

Pai, obrigada por todos os dons que nos concedes, onde está também a Fé, que nos sustenta e orienta. Obrigada pelo Caminho que fazes com cada um de nós. Obrigada por nos teres dado o Teu Filho muito amado, por Jesus ter vindo viver a nossa vida e enchê-la de sentido fraterno.