Bom dia, Senhor
Obrigada, Jesus, porque Te admiras com a minha falta de fé.
Obrigada, porque quando vejo esta Tua admiração, reconheço quanto caminho me falta percorrer para confiar, arriscar, ver, reconhecer, agradecer…
Mas obrigada, também, Jesus, pela pouca fé que já vou tendo…

Hoje, Senhor, a Tua Palavra chega até mim através de Mc 6, 1-6
“E partiu dali. Foi para a Sua terra, e os discípulos seguiam-No. Chegado o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Os numerosos ouvintes enchiam-se de espanto e diziam: «De onde é que isto Lhe vem e que sabedoria é esta que Lhe foi dada? Como se operam tão grandes milagres por Suas mãos? Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as Suas irmãs não estão aqui entre nós?» E isto parecia-lhes escandaloso. Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e em sua casa.» E não pôde fazer ali milagre algum. Apenas curou alguns enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado com a falta de fé daquela gente.”

Jesus, meu Senhor!
Nesta leitura falas-me de dois “perigos”, nos quais tantas vezes tropeço na minha vida de fé:
– no “perigo” de, por estar tão familiarizada Contigo e com uma certa forma de estar Contigo, não ser já capaz de reconhecer toda a Tua novidade, e
– no “perigo” de Te “fechar” dentro dos meus esquemas, mentalidades e preconceitos e de, por isso, não Te descobrir em tudo o que vivo, em todas as dimensões da minha vida.
No fundo, estes “perigos” acabam por ser o mesmo: o de não estar aberta a Ti e a toda a Tua grandeza, que vai muito além da minha “pobre” humanidade.
Nesta leitura, Senhor, lembras-me também a dificuldade que tenho em acreditar na transformação que o Teu Amor pode fazer em mim mesma e nos outros.
Se eu soubesse acreditar nas maravilhas que podes fazer em mim… como seria mais humilde e confiante… como me colocaria com mais segurança nas Tuas mãos, deixando de lutar contra mim mesma, lutar para chegar a ser aquilo que nunca serei (nem é suposto que o seja!) – a pessoa perfeita, que sabe sempre o que fazer e por onde ir…
Se eu pudesse acreditar nos milagres que potencias na vida de tantos outros… como me seria mais fácil não controlar, não querer carregar o mundo às costas e a responsabilidade do “fazer” – pois se só Tu fazes e se os outros são, antes de mais, Teus…

Jesus, que Tu não sejas desprezado nesta Tua pátria que sou eu e a minha vida. Que em mim haja sempre um lugar, um primeiro lugar, para a Tua palavra e a Tua vontade. Que eu saiba ser como os discípulos de que também fala esta leitura: que eu Te siga para onde quer que Tu vás!
Amén!