Pai, obrigada pela tua presença constante, que sempre me cuida e guarda. Jesus, ajuda-me a viver o hoje cada vez mais perto de ti e da tua vida. Que a minha vida seja sinal de Jesus presente no mundo. Espírito Santo guia-me e habita-me para descobrir, a cada momento, como e onde entregar o meu tempo ao teu projeto.
A primeira leitura de hoje faz parte da Carta de S. Paulo aos Colossenses 2, 6-15:
Irmãos: Uma vez que recebestes o Senhor Jesus Cristo, procedei em união com Ele, enraizados e edificados n’Ele, firmemente seguros na fé que vos foi ensinada, procurando progredir nela com acções de graças. Acautelai-vos para que ninguém venha perturbar-vos com filosofias e sofismas enganadores, inspirados na tradição dos homens ou nos elementos do mundo e não em Cristo. Porque n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade e n’Ele, que é a cabeça de todos os Principados e Potestades, alcançastes a vossa plenitude. Foi n’Ele que recebestes uma circuncisão que não é feita por mão humana e que vos despojou do corpo de carne: tal é a circuncisão de Cristo. Sepultados com Ele no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus que O ressuscitou dos mortos. Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.
Nestas palavras de S. Paulo vejo tanta atualidade… Como é que uma carta escrita há quase 2000 anos nos continua a ensinar a viver a nossa fé do mesmo modo que às primeiras comunidades cristãs, aquelas assentes na experiência de Jesus ressuscitado? Uma experiencia que vence o medo e a morte com a vida e o amor.
É clara a insistência de Paulo acerca de quem deve ser o ponto central, o ponto de referência, a raiz e a base de um cristão. Diz-nos: “procedei em união com Ele, enraizados e edificados n’Ele, firmemente seguros na fé que vos foi ensinada”.
A fé é como um testemunho passado de mão em mão, de boca em boca, de coração em coração, de vida em vida.
Jesus, que bom poder recordar tantos rostos, tantas história, tantas pessoas que foram passando na minha vida e que me foram ensinando e mostrando quem és Tu. Obrigada porque a minha relação contigo envolve uma comunidade na qual vou crescendo e onde me posso também entregar contigo Jesus. A comunidade é como esse lugar onde, dentro das minhas possibilidades, posso oferecer o meu tempo, os meus talentos e os meus bens.
Que comunidade é a minha? Que comunidade tenho a agradecer?
Santo Agostinho escreveu: ter fé é acreditar naquilo que não vejo; e a recompensa por essa fé é ver aquilo em que acredito.
Senhor, mantem-me firme na fé, nessa fé em Cristo que nos permite descobrir e ver Jesus a cada dia, tanto na nossa vida como na dos outros.