Por Jesus Cristo tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Rom 5, 2-5
O começo de um novo ano é um tempo propício para novos projectos, para empreender caminhos, para voltar a acreditar naquilo que já não acreditamos, no fundo para vivermos com uma nova esperança. E essa esperança, para os que acreditam, não vem de cada um de nós, porque senão teria pouca consistência, mas vem de Deus: é a esperança cristã.
Apesar de todas as crises que possam estar implantadas ou que se avizinhem, começando pela crise de valores, passando pela crise política, económica e social, até uma crise pessoal, apesar de todas as “escuridões” que se tenham implantado no nosso mundo, de todos os momentos difíceis que o nosso país esteja a viver, de todas as circunstâncias adversas que cada um esteja a enfrentar, Jesus veio há mais de 2000 anos e a sua luz brilha sobre cada um dos que acreditam n’Ele. Ele é o sorriso e a alegria que nos tem que animar, Ele é quem dá sentido às nossas vidas: a tal esperança que não engana, porque ficou connosco para sempre e “derramou o Seu Amor nos nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado”.
Somos convidados por Jesus a levar esta luz e a ser esta esperança na vida dos que nos rodeiam e talvez não tenham fé, ou estejam desanimados. Como diz a Madre Teres de Calcutá, não devemos queixar-nos da escuridão: devemos acender a nossa luz. Mesmo que ela seja pequenina. Uma velinha já dá um pouco de luz à sua volta.
Tudo seria mais fácil se não tivéssemos à nossa volta nada que nos incomodasse, que nos fizesse sofrer. Mas a realidade não é essa. Somos afectados pelo mal que existe. Mas podemos ser ainda mais afectados pelo bem, se nos abrimos a Jesus. O seu AMOR é o verdadeiro antídoto para o grande mal que afecta o nosso mundo: o egoísmo.
“Onde abundou o pecado, superabundou a graça” diz S. Paulo. Abramo-nos à graça de Deus e sintamo-nos enviados a pôr paz, alegria, amor e esperança nos ambientes de tristeza e desânimo que encontremos. Os cristãos somos os enviados de Jesus para esta missão de devolver a esperança a um mundo azedo e desacreditado.