Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros; pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»
Lc 21, 1-4
Que estou eu a deitar no cofre do tesouro?
Quantas vezes sinto que a vida está tão cheia de coisas e não me sobra nada para deitar no cofre… ou então procuro deitar lá o ideal, mas como o real que vivo é tão diferente, acabo por nada deitar…
Que tenho eu hoje para oferecer ao meu Senhor?
Quantas vezes sinto que a vida é um tal correr contra o tempo que não me sobra tempo para o meu Senhor…
Jesus levanta os olhos e vê… vê todas as intenções e preocupações, tentativas e frustrações… Esse olhar que teve para com a viúva pobre, hoje interpela-me a também, da minha indigência, oferecer tudo o que é o meu viver, pois é isso que mais lhe agrada. Tudo o que para mim é tão rotineiro e que talvez até nem valorizo, porque é o que tem de ser, mas é o que leva a melhor parte dos nossos dias, das nossas forças e da nossa entrega… Por isso, é essa a melhor oferta que podemos colocar no tesouro, e só Aquele que nos conhece no mais profundo do nosso ser é que pode dar o verdadeiro valor a oferta tão preciosa.
Senhor dá-nos humildade, a mesma humildade da viúva, para que diante do que são os “valores” do nosso mundo, não nos deixemos intimidar nem corromper e queiramos colocar todo o nosso viver nas tuas mãos, para que sejas Tu a valorizá-lo e a conduzi-lo.