No seguimento do que escutei num encontro entendi um pouco mais que o mundo precisa da nossa oração. E nós encontraremos mais na oração para dar aos outros na medida em que procuremos apenas a Deus nela, ainda que o que lá encontremos não seja bem o que imaginávamos.
O mundo precisa de pessoas que orem porque Deus precisa de ter com quem contar para ajudar a pacificar os corações. Só a oração nos dá um coração capaz de aceitar, perdoar e devolver a paz, a nós mesmos e ao outro, mesmo que nos magoe. Muito do sofrimento hoje em dia vem da psique: vem das frustrações por pôr a felicidade naquilo que não realiza, da falta de auto-estima pela falta de saber que Deus nos valoriza pela nossa diferença, carácter único e irrepetível e não pela comparação com o vizinho do lado que é totalmente diferente de nós; vem das zangas que nascem no nosso coração por desconhecermos a fonte do perdão e não nos aceitarmos a nós próprios.
O sofrimento nasce no coração de todos mas só o coração de quem reza serve a Deus para o parar. Por isso agora e sempre que possível é o momento de descansarmos um pouco o coração em Deus. Meditemos um pouco naquelas pessoas e situações que nos tiram a paz e vejamos o que nos diz esta palavra do Evangelho:
“Portanto, se fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares que o teu irmão tem algo contra ti deixa lá a tua oferta e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”
Mt 5, 17-37
Esta leitura pede-nos que não deixemos de fora da nossa oração precisamente aquelas situações que Jesus mais precisa de transformar para nos devolver ou fazer aprofundar a experiência da sua paz.
O senhor hoje já está feliz connosco por atendermos às suas palavras por isso não temos de fazer mais nada para lhe agradar senão deixar que ele transforme o nosso coração e nos faça ver a realidade com os seus olhos, os olhos da paz.
Dá-nos Senhor a tua paz.