“Ampara o teu pai na velhice”

“Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida; mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças.”
Eclesiástico 3, 12-16
 
Normalmente tenho muita dificuldade em ler e entender o Antigo Testamento, mas por vezes encontramos passagens muito simples e directas. Há pouco tempo “tropecei” nesta passagem de Eclesiástico. Tão simples, tão actual. Por vezes dizemos que a sociedade actual não valoriza quem não produz, mas afinal a desvalorização dos idosos já vem de há muito tempo.
“Ampara o teu pai na velhice” 
Os pais dão tudo pelos seus filhos, e os filhos que fazem pelos pais? “Não há paciência, são chatos, desactualizados, não percebem a nossa linguagem, são tão lentos!”
Há pouco tempo recebi por email um pequeno video sobre o pai e um filho. O filho com 4 ou 5 anos chamava o pai para ver um passarinho no céu, repetidamente chamava o pai para ver o mesmo passarinho. O pai sempre com paciência olhava para o passarito e sorria para o filho. Passados 30 ou 40 anos os papeis inverteram-se. O pai chamava a atenção do filho para algo, chamava a sua atenção repetidamente. O filho rapidamente perdeu a paciência,
começando a gritar com o pai… O pai acabou por recordar o filho de quando ele era pequenito como era preciso paciência para ouvir repetidamente o mesmo chamar de atenção.
“Não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças.”
Um jovem ou adulto que está na plenitude das suas forças parece que não tem força para amparar os seus pais.
Pai ajuda-nos a ter paciência, a ser indulgente, a saber amparar os nossos pais, os nossos avós, os nossos familiares ou vizinhos mais idosos.

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