O amor de que falo só a custo perde a paciência. Sempre procura um modo de ser construtivo. O amor não é possessivo. Não fica ansioso por impressionar, nem alimenta ideias grandiosas da sua própria importância. O amor tem boas maneiras, e não procura vantagens egoístas. O amor não é vulnerável, nem frágil. Não contabiliza os pontos negativos, nem se vangloria com a fragilidade do outro. Pelo contrário, fica feliz com todas as pessoas boas e sempre que a verdade prevalece. O amor não abandona as pessoas. O amor não perde a confiança, nem a esperança. O amor sobrevive a tudo. O amor é, na verdade, a única coisa que permanece quando tudo o mais cai por terra.
Paráfrase de I Cor 13, 4-8
( I Cor 13,1-13; Jo 13,1-20; Mc 12,28-34; I Jo 4,7-21; Jo 15,9-17; Jo 21,15-18)
Hoje somos convidados a ver como anda o nosso amor. Como estou a amar o meu marido/mulher, os meus filhos, os meus familiares, os meus colegas de
trabalho, as pessoas com quem não simpatizo tanto?… E o padrão que nos é dado para comparação é,nada mais nada menos, que o amor que Deus nos
convida a viver, já neste mundo, e que Jesus e tantos santos antes e depois Dele também viveram e vivem.
Será que não perco a paciência, que sou sempre construtiva, que não sou possessiva, que tenho sempre boas maneiras? No meu caso, claramente que
a resposta é não… De facto, o meu amor ainda está muito aquém daquilo que está chamado a ser…
Mas a Boa Notícia é que o próprio Deus, se nós O deixarmos, tem uma capacidade ilimitada de aumentar a nossa capacidade de amar. Aliás, está
sempre desejoso de o fazer! Estamos quase no Pentecostes, altura do ano em que celebramos o Espírito de Deus, que está sempre connosco, disposto a
tornar-nos cada vez mais filhos de Deus e irmãos dos outros homens.
“A esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
Jo 5, 5
Portanto, muito mais do que ficarmos tristes, frustrados, ou cheios de remorsos por amarmos ainda tão mal, vamos pedir ao Espírito que faça em nós o que
tem a fazer: que aumente o nosso amor, até chegar a ser como o Amor de que São Paulo nos fala!
Bom trabalho ao Espírito!