“Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «O discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do senhor. Basta ao discípulo ser como o mestre e ao servo ser como o senhor. Se ao dono da casa chamaram Belzebu, o que não chamarão eles aos familiares! Não os temais, portanto, pois não há nada encoberto que não venha a ser conhecido. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido, proclamai-o sobre os terraços. Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode fazer perecer na Geena o corpo e a alma. Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai! Quanto a vós, até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados! Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros.» «Todo aquele que se declarar por mim, diante dos homens, também me declararei por ele diante do meu Pai que está no Céu. Mas aquele que me negar diante dos homens, também o hei-de negar diante do meu Pai que está no Céu.”
O evangelho diz-nos que o discípulo, chamado a anunciar o Evangelho, deve fazê-lo corajosa e coerentemente. O Senhor está com ele. Essa companhia liberta o discípulo do medo da morte, e leva-o a olhar para além dela. De facto, em Cristo a morte foi destruída e a vida triunfou. É o novo começo da vida do crente, porque, Jesus Cristo, ao vencer a morte, constrói a história a partir do novo início da sua ressurreição. O discípulo constrói-se sobre Cristo e é «associado à sua plenitude» por ser «sepultado com Ele no Baptismo, também foi com Ele que foi ressuscitado, pela fé que tem no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos». A missão do discípulo encontra neste acontecimento o seu “começo” e a certeza que é acompanhada pela presença providente do Pai, que guarda os seus fiéis.
Senhor, obrigado porque completaste em mim a tua obra. Tu és um Deus que faz maravilhas. No teu amor, recordaste-te de mim. Senhor, deste-me novamente a vida.