Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Mt 22, 34-40
O mês de Outubro é o mês dedicado à missão universal da Igreja.
Mas o que é ser missionário?
E qual a nossa missão?
No ano 2000 o Papa João Paulo II reiterou a necessidade de renovar o compromisso de levar a todos o anúncio do Evangelho, com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos, a missão é o serviço mais precioso que a igreja pode prestar à humanidade. «A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece! A nova evangelização dos povos cristãos também encontrará inspiração e apoio no empenho pela missão universal» (João Paulo II, Enc. Redemptoris Missio, 2).
Ser missionário é anunciar o evangelho a todos os povos, ‘para os conduzir rumo à fé em Cristo (cf. Ad Gentes, 51)’. Não podemos permanecer tranquilos ao vermos que, depois de dois mil anos, ainda existem povos que não conhecem Cristo e ainda não ouviram a sua Mensagem de salvação. Além disso, está a aumentar o número daqueles que, embora tenham recebido o anúncio do Evangelho, já o esqueceram e abandonaram.
Anunciando o Evangelho, ela toma a peito a vida humana em pleno sentido. Não é aceitável, reiterava o Servo de Deus Paulo VI, que na evangelização se descuidem os temas relativos à promoção humana, à justiça, à libertação de todas as formas de opressão, obviamente no respeito pela autonomia da esfera política. Desinteressar-se dos problemas temporais da humanidade significaria «ignorar a doutrina do Evangelho sobre o amor ao próximo que sofre ou que se encontra em necessidade» (Exort. Apost. Evangelii Nuntiandi, 31.34).
Os desafios que isso implica chamam os cristãos a caminhar juntamente com os outros, e a missão faz parte integrante deste caminhar com todos. Nela
nós levamos, ainda que em vasos de barro, a nossa vocação cristã, o tesouro inestimável do Evangelho, o testemunho vivo de Jesus morto e ressuscitado, encontrado e acreditado na Igreja.
O Dia Mundial Missionário reavive em cada um o desejo e a alegria de «ir» ao encontro da humanidade levando Cristo a todos.»(excertos da
Mensagem do Santo Padre Dia Mundial das Missões 2011) Ser missionário é dar testemunho daquilo que se experimenta com alegria e nestes momentos conturbados da nossa sociedade existem muitas pessoas que necessitam de Deus, que perderam a esperança e a fé. As Leituras deste Domingo relembram-nos que devemos deixarmo-nos inundar por o Amor de Deus, que amar a Deus e amar os nossos irmãos não podem ser duas visões diferentes, não podemos fechar os olhos ao que nos rodeia, somos testemunhas do Amor de Deus e isso não nos afasta da comunhão com Deus mas incute-nos uma fé firme, porque nos sentimos amados e confortados a amar o próximo como nos amamos a nós mesmos.