“Não cobicei a prata, nem o ouro, nem as roupas de ninguém. Vocês mesmos sabem que foram estas minhas mãos que supriram as minhas necessidades e as de meus companheiros. Em tudo o que fiz, mostrei-vos que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber'”
Atos 20, 33-35
Depois de 6 meses do meu primeiro emprego, é tempo de fazer um ponto de situação. É verdade que 6 meses pode parecer muito pouco para aqueles que já trabalharam 35 anos ou pelo menos uns quantos.
Julgo ser do Espírito Santo, porque talvez por ainda estar tão verde, eu possa ter uma visão ainda idealista daquilo que devia ser o trabalho. Quando digo idealista digo-o também do ponto de vista do sonho de Deus para cada um.
Muitos dizem que devia estar contente por ter um trabalho nesta altura de crise, principalmente o meu patrão, mas isso não significa que temos de aceitar qualquer coisa, ou fazer o trabalho sem sequer pensar.
S. Paulo, nestes versos dos Atos dos Apóstolos (20, 33-35), fala do seu trabalho, das suas motivações (“Não cobicei prata, nem ouro, nem roupas”). Também ele tem que se alimentar e apesar de não ter filhos, fala das necessidades diárias dos companheiros.
É uma pessoa como nós, trabalha arduamente, e relembra-nos este ditado muito bonito: “Há maior alegria em dar do que em receber”
Sem muito espaço para escrever, gostava apenas de encorajar aqueles que no trabalho vêem injustiças; se sentem sozinhos; por vezes, obrigados a aceitar propostas indecentes ou mesmo ilegais dos superiores… que Deus nos possa dar a fé capaz de mover montanhas e a sabedoria de saber quando atuar.
E àqueles que já se acomodaram, que Deus desperte em nós aquilo que não está de acordo com a nossa fé cristã e que nos destabilize o suficiente para ao menos nos fazer rezar.