“Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo: «Bebei dele todos. Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados.”
Mt 26, 27-28
Ontem vi as notícias regionais na televisão aqui da RTP Açores. Quando liguei a televisão estava o senhor bispo dos Açores a falar sobre o questionário que o Papa Francisco enviou para todos os países sobre o tema da Família. No final da entrevista o bispo dizia, com um sorriso nos lábios, qualquer coisa como: “Este papa está sempre a enviar-nos trabalho, não nos deixa sossegados!”
Fui então “espreitar” as últimas palavras do Santo padre publicadas na Agência Eccllesia e encontrei um texto do qual retiro em excerto: “«Eu sou um benfeitor da Igreja, ponho a mão no bolso e dou à Igreja». Mas com a outra rouba: ao Estado, aos pobres. É um injusto, esta é a vida dupla”, advertiu. O Papa frisou que os evangelhos “não falam de perdão” nestes casos, porque se está perante uma pessoa que “engana” e onde há engano “não existe o Espírito de Deus”. “Esta é a diferença entre pecador e corrupto”, precisou.”
Este papa está a ser muito exigente connosco e dá exemplos muito práticos para que ninguém fique sem perceber.
Uma critica que ouço por vezes de colegas à religião católica é que as pessoas “pecam” depois vão à igreja pedem perdão e fica tudo bem: “Deus perdoa tudo, não é?”.
Mas o Papa vem explicar-nos que não é bem assim. Há casos em que não há perdão, há casos em que não estamos a ser pecadores, estamos a ser corruptos, estamos a enganar os outros e a nós próprios.
Senhor faz-me permanecer na Tua verdade, no Teu Amor, que eu seja digna do Teu Perdão.