“Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra? Ou, se lhe pedir um ovo lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?”
Lucas 11, 9
Acreditamos que Deus atende às nossas orações, particularmente talvez àquelas cuja intencionalidade seja o amor. Dentro deste género há um tipo de oração que certamente Deus não deixa nunca de atender, que é quando lhe pedimos que nos ajude a pôr-nos ao seu serviço da forma que mais lhe convém e que mais nos deixará felizes. Se fôr verdade a leitura, esta oração é atendida, e algum dia sentiremos que Deus nos chama por aqui ou por ali, talvez sem que já nos lembremos que lhe tínhamos pedido isso mesmo.
Se de alguma forma atendermos à sua chamada, que pode dizer respeito apenas a uma pequena parte da nossa vida, entraremos num caminho com ele relativamente a essa questão.
Muitas vezes teremos dúvidas sobre se Deus está connosco nesse caminho, se nos chamou realmente por ali, se não somos nós a fabricar ilusões. São talvez as alturas em que a nossa fé é posta à prova, em que estamos chamados a ser persistentes e não desistir.
Outras vezes, face aos nossos próprios progressos nesse caminho, chegaremos a terra que reconhecemos, e sentiremos que estamos no caminho certo, a meio de qualquer coisa que sabemos que é maior que nós. Estes postos intermédios são uma oportunidade de reforço da fé e da esperança. Podemos constatar que a nossa vida faz sentido, sabemos por onde vamos e porque fazemos o que estamos a fazer. Por isso são também ocasião de agradecimento àquele que não nos deixa sós, que conhece melhor que ninguém os anseios do nosso coração e que não deixa de guiar-nos na nossa busca.
Ajuda-nos Senhor a perceber, entre a escola, o trabalho, as relações, a comunidade, o lazer, quais os postos intermédios que Deus já nos ajudou a atingir em cada dimensão da nossa vida e qual ou quais aqueles a partir do(s) quais espreitamos esta palavra neste momento.