Pai Nosso

«Rezai, pois, assim: ‘Pai nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, como no Céu, assim também na terra. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia; perdoa as nossas ofensas, como nós perdoámos a quem nos tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do Mal.’ Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas.»
Mt 6, 9-15

Uma das práticas que somos convidados a levar acabo no tempo de Quaresma é a oração diária, que não se deve identificar ou reduzir a uma monótona repetição de fórmulas ou a um pedido de graças e favores.
A oração é o diálogo que nos coloca e nos mantém em sintonia constante com Deus. Na oração dispomo-nos à união com a Sua vontade. Pela oração comprometemo-nos com a partilha do pão e com o perdão, que aproximam as pessoas e consolidam os laços fraternos que geram vida. E é por isso que a Igreja diz que não se justificam os ódios, as vinganças, as intrigas, os ciúmes e as invejas daqueles que rezam. Não se justificam igualmente os comportamentos de timidez, de consentir nas injustiças. Numa palavra, a oração remete-nos a amar.

Comprometidos com o projecto de Deus, o Pai vela por nós e livra-nos das tentações deste mundo. Estas tentações, na sua dimensão mais ampla, são as seduções do mundo neoliberral de mercado, que cria ilusões convidando à busca do enriquecimento e do sucesso individual, tornando os corações estéreis e indiferentes aos irmãos pobres e excluídos.

E a oração do pai Nosso é o mais profundo itinerário daquilo que significa a oração. Por isso começa com Pai Nosso… intimidade entre filho e Pai, entre Pai e filho; corações mergulhados entre si na mais profunda verdade e transparência.

Caríssimos irmãos, não hesitemos em confiar em Deus as nossas e as preocupações do mundo inteiro na nossa oração neste tempo de Quaresma.

 

 

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