“Assim fala o Senhor Deus: «Eis que Eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, por onde se dispersaram; vou reuni-los de toda a parte e reconduzi-los ao seu país. Farei deles uma só nação na minha terra, nas montanhas de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles; nunca mais serão duas nações, nem serão divididos em dois reinos. Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os salvarei das suas rebeldias, pelas quais pecaram, e os purificarei; eles serão o meu povo e Eu serei o seu Deus. O meu servo David será o seu rei e eles terão um só pastor; caminharão segundo os meus preceitos, observarão os meus mandamentos e os porão em prática. Habitarão o país que Eu dei ao meu servo Jacob e no qual habitaram seus pais; aí ficarão eles, os seus filhos e os filhos de seus filhos para sempre. David, meu servo, será para sempre o seu chefe. Farei com eles uma aliança de paz; será uma aliança eterna; Eu os estabelecerei e os multiplicarei; e colocarei o meu santuário no meio deles para sempre. A minha morada será no meio deles. Serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Então, reconhecerão as nações que Eu sou o SENHOR que santifica Israel, quando tiver colocado o meu santuário no meio deles para sempre.”
Livro de Ezequiel 37,21-28.
O povo de Israel tinha-se afastado da aliança com Deus e seguia um caminho que já não tinha nada a ver com aquele que tinha sido sonhado para ele.
Como diz Bento XVI, quando Deus sai das nossas vidas, num primeiro momento parece que tudo fica na mesma, mas acabamos de remover um pilar fundamental nas nossas vidas. Aos poucos vamos fechando-nos em nós próprios, enquistando-nos nas nossas posições e a vida de cada um de nós passa a ser absoluta quando comparada com a dos restantes. De repente, estamos nos antípodas relativamente ao ponto de onde partimos.
Felizmente que o Senhor nunca nos abandona e tenta sempre reconquistar-nos. A história do povo de Israel mostra-nos isso constantemente.Impressiona-me a fé que Ele tem na nossa recuperação e o facto de nunca nos oferecer coisa pequena: a sua presença, a sua amizade, a sua força curadora.