Gn 1,1-5
Há inúmeros momentos de escuridão e trevas na vida de todos nos: doenças (ou medo delas), solidão e sentir a falta de amigos e familiares, divórcios (ou medo deles), não nos sentirmos amados, perder um emprego e ter medo de não voltar a encontrar outro, ou medo de não encontrar realização pessoal no trabalho.
Também a Criação no livro do Genesis começa em trevas. Também a Paixão é um tempo de trevas e medo. Não se saber o que vem depois. Será que tudo acaba aqui? Um pensamento que assaltou os apóstolos e me assalta tantas vezes na vida.
Porem tanto no livro do Genesis como na Pascoa com a Ressurreição como em tantos outros momentos na minha vida, depois das trevas vem Luz. “Faça-se a luz, e a luz foi feita”. Mas o conhecimento destes momentos (às vezes mais racional do que verdadeiro conhecimento interior…) não faz desaparecer a angústia associada a momentos de maior escuridão nas nossas vidas.
O que fazer então? Esperamos. Esperamos como os apóstolos, como Maria esperou quando o Anjo a visitou, ou quando nos sentimos um pouco perdidos. Esperamos. Entregamos a Deus a incerteza. Ficamos mais perto de Jesus e dos nossos irmãos quando percebemos que somos frágeis e que se contarmos apenas com as nossas forcas não chegamos la. Esperamos até vermos a luz que o Senhor tem guardada para nós, ou até nos encontrarmos novamente com Jesus ressuscitado. Esperamos na certeza que nada acaba na escuridâo.