“Javé é a minha luz e salvação: de quem terei medo? Javé é a fortaleza da minha vida: frente a quem tremerei?”
Sl. 27, 1
“Depois disto, Jesus foi para a outra margem do mar da Galileia, também chamado Tiberíades. Uma grande multidão seguia Jesus porque as pessoas viram os sinais que Ele fazia, curando os doentes. Jesus subiu à montanha e sentou-Se lá com os discípulos. Estava próxima a Páscoa, festa dos judeus. Jesus ergueu os olhos e viu uma grande multidão que vinha ao seu encontro. Então Jesus disse a Filipe: «Onde vamos comprar pão para eles comerem?» Jesus disse isto para experimentar Filipe, pois sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: «Nem meio ano de salário bastaria para dar um pedaço a cada um». Um discípulo de Jesus, André, o irmão de Simão Pedro, disse: «Aqui há um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?”
Jo. 6, 1-9
Neste momento de oração penso que nos pode ajudar centrar-mos a nossa presença na promessa que Deus nos faz no salmo – És a nossa luz e a nossa salvação. Como vivemos esta certeza que Ele coloca na nossa vida. Dou valor á luz de Deus para aquilo que estou a viver? Como reconheço, onde procuro, onde encontro as palavras e as atitudes que iluminam a minha vida?
Num segundo momento gostava de propor para oração a leitura da multiplicação dos pães e dos peixes. A minha atitude é tantas vezes como a de André da leitura – quem sou eu para dizer alguma coisa, para mudar alguma coisa, para mudar esta situação minha ou do outro. Mas Jesus leva-nos a compreender que aquilo que temos é quanto basta – seja muito ou pouco, é aquilo que basta. Ele transforma e funciona. Eu atrevo-me a dizer que aquilo que eu sou é imprescindível para que Jesus faça os milagres que tem de fazer em nós e na realidade. Ás vezes a sensa~çao de que não sou nada, não podemos nada é tão forte que ficamos bloqueados. No entanto a mensagem desta leitura é a de que colocando tudo Jesus transforma para mim e para os outros.
Depois a outra experiência fundamental nesta leitura é perceber que quando me entrego não perco nada, não me esvazio pois ele devolve completamente transformado e somos plenamente alimentados com aquilo que lhe entregámos. Creio que isto é uma experiência que todos fazemos – dar e por vezes dar-se com receio, mas rapidamente compreender que os primeiros a usufruir somos nós; que não ficamos por saciar.