Dó Eu hei-de dar ao menino Sol Uma fitinha pró chapéu; Fá E ele também me há-de dar Sol Dó Um lugarzinho no céu. O Menino que nasceu Da Virgem cheia de graça, Entrou e saiu por ela Como o sol pela vidraça. Cantai anjos ao Menino Enquanto a Senhora dorme, Cantai, mas devagarinho Olhem a Virgem não acorde. Dó Olhei para o céu, Sol Estava estrelado. Vi o Deus Menino Dó Em palhas deitado; Em palhas deitado, Sol Em palhas estendido, Filho duma rosa, Dó Dum cravo nascido! Ai, três palavras disse a Virgem Ai, quando nasceu o Menino Ai, vinde cá meu anjo loiro, Meu Sacramento divino No seio da Virgem Maria Encarnou a divina graça; Entrou e saiu por ela Como o sol pela vidraça. Arre, burriquito, Vamos a Belém, Ver o Deus Menino Que a Senhora tem; Que a Senhora tem, Que a Senhora adora. Arre, burriquito Vamos lá embora. A Virgem lavava, São José estendia. Menino chorava, do frio que fazia; do frio que fazia, do frio que estava. São José estendia, a Virgem lavava.
Eu hei-de dar ao menino
Uma fitinha pró chapéu;
E ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.
O Menino que nasceu
Da Virgem cheia de graça,
Entrou e saiu por ela
Como o sol pela vidraça.
Cantai anjos ao Menino
Enquanto a Senhora dorme,
Cantai, mas devagarinho
Olhem a Virgem não acorde.
Olhei para o céu,
Estava estrelado.
Vi o Deus Menino
Em palhas deitado;
Em palhas deitado,
Em palhas estendido,
Filho duma rosa,
Dum cravo nascido!
Ai, três palavras disse a Virgem
Ai, quando nasceu o Menino
Ai, vinde cá meu anjo loiro,
Meu Sacramento divino
No seio da Virgem Maria
Encarnou a divina graça;
Entrou e saiu por ela
Como o sol pela vidraça.
Arre, burriquito,
Vamos a Belém,
Ver o Deus Menino
Que a Senhora tem;
Que a Senhora tem,
Que a Senhora adora.
Arre, burriquito
Vamos lá embora.
A Virgem lavava,
São José estendia.
Menino chorava,
do frio que fazia;
do frio que fazia,
do frio que estava.
São José estendia,
a Virgem lavava.
Autoria: Mário Sampayo Ribeiro, João Croner de Vasconcelos e César Batalha