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Tomai e recebei (as horas do meu dia)

DÓ FÁ SIB DÓ 
Tomai e recebei as horas do meu dia, 
MI- FÁ RÉ- SOL 
Alegrias e dores, penas e trabalhos. 
FÁ RÉ- FÁ MI- 
Fora eu rico, Senhor, e muito Vos daria, 
DÓ FÁ SOL DÓ 
Mas sei que nada valho.

DÓ DÓ7M DÓ7 RÉ- 
Que tenho eu, meu Deus, p'ra pôr sobre a patena 
SOL DÓ LÁ- FÁ- 
Que as mãos do sacerdote elevam no altar? 
DÓ DÓ7M DÓ7 RÉ- 
A não ser esta imensa, esta infinita pena 
SOL DÓ 
De nada ter p'ra dar… 

Em cada hóstia, imaculada e pura,
quantos grãozinhos do nosso trigo loiro!
Mas, p’ra ser hóstia, sofre sob a mó dura
cada baguinho de oiro.

Com o trigo loiro, deponho na patena:
a minha vida inteira, ofereço-a no altar.
Mas ainda me fica esta infinita pena 
de nada ter p’ra dar.
Tomai e recebei as horas do meu dia, 
Alegrias e dores, penas e trabalhos. 
Fora eu rico, Senhor, e muito Vos daria, 
Mas sei que nada valho.

Que tenho eu, meu Deus, p'ra pôr sobre a patena 
Que as mãos do sacerdote elevam no altar? 
A não ser esta imensa, esta infinita pena 
De nada ter p'ra dar… 

Em cada hóstia, imaculada e pura,
quantos grãozinhos do nosso trigo loiro!
Mas, p’ra ser hóstia, sofre sob a mó dura
cada baguinho de oiro.

Com o trigo loiro, deponho na patena:
a minha vida inteira, ofereço-a no altar.
Mas ainda me fica esta infinita pena 
de nada ter p’ra dar.

Autoria: H. Faria

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