“O Sol que brilha contempla todas as coisas;
a obra do Senhor está cheia da sua glória.
Os santos do Senhor não têm capacidade
para contar todas as suas maravilhas,
que o Senhor omnipotente solidamente estabeleceu,
a fim de que subsistam na sua glória.
Ele sonda o abismo e o coração humano,
e penetra os seus pensamentos mais subtis.
Realmente, o Senhor conhece toda a ciência
e contempla os sinais dos tempos futuros.
Anuncia o passado e o futuro
e descobre os vestígios das coisas ocultas.
Nenhum pensamento lhe escapa,
não se esconde dele uma só palavra.
Dispôs em ordem os grandes feitos da sua sabedoria.
Ele que existe antes de todos os séculos e para sempre.
Nada se lhe pode acrescentar nem diminuir,
nem necessita do conselho de ninguém.
Quão amáveis são todas as suas obras!
E todavia não podemos ver delas mais que uma centelha.
Estas obras vivem e subsistem para sempre
e, em tudo o que é preciso, todas lhe obedecem.
Todas as coisas vão aos pares,
uma corresponde à outra,
e Ele nada fez incompleto.
Uma contribui para o bem da outra,
e quem se saciará de contemplar a sua glória?”
Ben Sirá 42, 15-25
a obra do Senhor está cheia da sua glória.
Os santos do Senhor não têm capacidade
para contar todas as suas maravilhas,
que o Senhor omnipotente solidamente estabeleceu,
a fim de que subsistam na sua glória.
Ele sonda o abismo e o coração humano,
e penetra os seus pensamentos mais subtis.
Realmente, o Senhor conhece toda a ciência
e contempla os sinais dos tempos futuros.
Anuncia o passado e o futuro
e descobre os vestígios das coisas ocultas.
Nenhum pensamento lhe escapa,
não se esconde dele uma só palavra.
Dispôs em ordem os grandes feitos da sua sabedoria.
Ele que existe antes de todos os séculos e para sempre.
Nada se lhe pode acrescentar nem diminuir,
nem necessita do conselho de ninguém.
Quão amáveis são todas as suas obras!
E todavia não podemos ver delas mais que uma centelha.
Estas obras vivem e subsistem para sempre
e, em tudo o que é preciso, todas lhe obedecem.
Todas as coisas vão aos pares,
uma corresponde à outra,
e Ele nada fez incompleto.
Uma contribui para o bem da outra,
e quem se saciará de contemplar a sua glória?”
Hoje, desafio-nos a tomarmos consciência do carinho, ternura e amor que o Senhor tem por cada um de nós. O seu encanto e beleza envolvem-nos completamente. A Sua casa está por todo o lado e, em qualquer lugar, é possível encontrá-lo. É um gozo presente mas ainda por descobrir. Não tem fim.”E todavia não podemos ver delas mais que uma centelha.”
Nesta leitura fala das obras de Deus, e é verdade que o Senhor está no grande e gigante mas também está no pequeno, no sorriso, no bom dia, no repetitivo, no trabalhar a sério, na paciente espera, no ir ao encontro do outro, na natureza fabulosa de todos os seres, no dia e na noite, no céu e na terra, em tudo. Não nos é possível contar, compreender ou aperceber, de todas as Suas maravilhas… No entanto, elas existem e, se paramos, há imensas coisas para agradecer, contemplar e saborear. O Senhor conhece-nos tão bem, sabe o que está no profundo do nosso coração, não para nos apanhar em falso mas, somente, para estar connosco, para nos amar e convidar a irmos mais além com Ele.
Ontem no autocarro alguém dizia que corremos muito e não temos nada. Isto questionou-me e acho que o desafio é vivermos a sério cada momento acompanhados pelo Senhor, a correr e parar com sentido, a aprendermos a estar verdadeiramente vivos, pondo em prática o que desejamos interiormente e, no fundo, a sermos aquilo que profundamente somos. Quando nos abrimos, um bocadinho, Deus entra e pode fazer o impossível.
O papa Francisco fala da necessidade de “ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos”. Ainda estou a caminhar, mas uma coisa que me tem ajudado, e não me sai naturalmente, é ir ao encontro dos outros que conheço mal, não me sinto à vontade ou não conheço. Normalmente, não falo de Deus, diretamente, mas desejaria que ” a alegria do evangelho” chegasse a todos, como o papa.