Diz o Senhor: «Eis o meu servo, que Eu amparo, o meu eleito, que Eu preferi. Fiz repousar sobre ele o meu espírito, para que leve às nações a verdadeira justiça. Ele não gritará, não levantará a voz, não clamará nas ruas. Não quebrará a cana rachada, não apagará a mecha que ainda fumega. Anunciará com toda a fidelidade a verdadeira justiça. Não desanimará, nem desfalecerá, até estabelecer na terra o direito, as leis que os povos das ilhas esperam dele. Eu, o SENHOR, chamei-te por causa da justiça, segurei-te pela mão; formei-te e designei-te como aliança de um povo e luz das nações; para abrires os olhos aos cegos, para tirares do cárcere os prisioneiros, e da prisão, os que vivem nas trevas.”
Livro de Isaías 42,1-4.6-7.
A preocupação com a justiça deve acompanhar-nos sempre, mas não podemos estar centrados em nós ou nosso grupo social. A nossa atenção deve ir para todos, com uma atenção muito especial para os mais fracos, para aqueles que não têm voz (e que têm direito a tê-la).
A justiça de Deus não é, no entanto, uma justiça cega, a régua e esquadro. É uma justiça fraterna que não apaga a mecha fumegante nem quebra a cana rachada.
O Senhor não quer “apenas” que façamos o que está certo (o que já não é pouca coisa), mas que nos amemos realmente por forma a que nos ajudemos a ver e a ser livres!
É claro que muitas vezes isto vai-nos parecer impossível para nós, mas o Senhor lembra-nos que nos segura pela mão nas alturas em que estamos mais em baixo.