O divino poder, ao dar-nos a conhecer aquele que nos chamou pela sua glória e pelo seu poder, concedeu-nos todas as coisas que contribuem para a vida e a piedade.Com elas, teve a bondade de nos dar também os mais preciosos e sublimes bens prometidos, a fim de que – por meio deles – vos torneis participantes da natureza divina, depois de vos livrardes da corrupção que a concupiscência gerou no mundo. Por este motivo é que, da vossa parte, deveis pôr todo o empenho em juntar à vossa fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento a temperança; à temperança a paciência; à paciência a piedade; à piedade o amor aos irmãos; e ao amor aos irmãos a caridade. Se tiverdes estas virtudes e elas forem crescendo em vós, não ficareis inactivos nem estéreis, relativamente ao conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. E quem não tiver estas virtudes é um cego que mal pode ver e que deixou cair no esquecimento a purificação dos seus pecados de outrora. Por isso, meus irmãos, ponde o maior empenho no fortalecimento da vossa vocação e eleição. Se assim procederdes, jamais haveis de fracassar e se vos há-de abrir de par em par a entrada para o reino eterno de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
2.ª Pe 1, 3-11
Bom dia, Pai. Nesta leitura Tu convidas-me a uma conversão interior imensa. A viver uma vida nova. Uma vida onde o acolhimento, o perdão e o amor aos outros seja a linha de força da minha vida.
Lendo os jornais, olhando para as relações pessoais, vejo que é necessário que nos perdoemos uns aos outros e que ultrapassemos as “maldades” que os outros nos tenham feito, sejam pequenas ou muito grandes. É necessário que concretizemos em actos de perdão, acolhimento e aceitação o nosso desejo de amar o outro.
Nós somos imperfeitos e frágeis e em qualquer relação vai haver falhas de parte a parte. Só através de um perdão e um acolhimento do outro, continuando a amá-lo pelo que ele é, é que qualquer relação pode manter a sua qualidade e intensidade. O amor dos pais, o amor conjugal, uma amizade entre amigos de longa data só pode resistir se amarmos a luz e as trevas do outro.
Obrigado, Pai, por este convite imenso. Obrigado por, na minha vida, ir já saboreando um pouco desta nova vida. Sei que contigo, e só contigo, é que poderei viver esta realidade. Ajuda-me a que os meus pequenos orgulhos e vontades não sejam mais fortes do que o meu desejo profundo de amar os outros como eles merecem.
Boa oração