«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.»
Mt 6, 1-4
O que Jesus, com tanta insistência quer que aprendamos nestas Palavras? Que Luz, que Vida, que forma de amar estão por detrás delas?
Nota: Hipócrita = pessoa cujo acto não corresponde ao seu pensamento. Pessoa dividida entre o seu ser e o seu fazer…Jesus recomenda a verdade e a unidade interior da pessoa ao dar, ao amar…
Jesus recomenda que ao amar sejamos muito mais respeitadores de nós mesmos, actuemos muito mais de acordo com o que nos vai no coração, que tenha a ver com o que somos de verdade, com os traços da minha personalidade até – não tenho nada de amar como o outro, da forma que o outro faz, com os gestos do outro, mas ao meus estilo muito próprio, sem me torcer, sem me forçar.
Jesus diz-me para amar com gozo, respeitando a minha natureza, a minha vocação e missão pessoal, o meu lugar…
Se o fizer motivada, impulsionada desde fora, apenas em função do que me pedem, em função de agradar, isso desintegrar-me-á, despersonificar-me-á, tirar-me-á da minha verdade, “matar-me-á”
Assim Jesus desafia-nos mais do que a “pôr sal, pôr o amor” nas ofertas, nas entregas – como no antigo testamento; isso ainda é algo de fora para dentro… mais que isso Jesus diz-nos o importante, o humanizante é que as acções decorram do coração ( mais atenção ao interior, menos pressa…); estar atento ao interior de mim mesma – onde está a minha verdade – e tomar decisões, discernir em função do meu interior, da minha verdade