Aprender a saber olhar-me com olhos de ver

“Senhor, o meu coração não é orgulhoso,
nem os meus olhos são altivos;
não corro atrás de grandezas
ou de coisas superiores a mim.
Pelo contrário, estou sossegado e tranquilo,
como criança saciada ao colo da mãe;
a minha alma é como uma criança saciada!
Israel, espera no Senhor,
desde agora e para sempre!”

Salmo 131


Pai, sabes que, por vezes, perante situações difíceis e complicadas, com pessoas com quem lido diariamente, me veem todo um conjunto de sentimentos e ideias más. E o problema não é que estes sentimentos apareçam, é que os escondo de mim próprio e começo a agir, ou a pensar em agir, com base neles. Assim, com pretexto de que quero amar, dou por mim a dar resposta a estes sentimentos. No entanto, há algo em mim que me faz ficar desconfortável, que me inquieta e me angustia.
Sei que és tu, Pai, a dizer-me para não ir por aí. És Tu a dizer-me para não ser orgulhoso e para que o meu olhar não seja altivo.
Obrigado por me falares ao coração e por me inquietares, quando não estou a escolher o amor. Obrigado por nunca deixares a minha mão e por não pactuares com sentimentos de vingança, de pagar o mal com o mal.
Vejo também que, nestes momentos difíceis, às vezes me custa tomar a atitude certa por ter medo do que possa suceder depois. Aí também me ajudas com este salmo. Dizes-me para confiar em Ti. Dizes-me para, na minha vida, viver o meu amor e deixar o resto por Tua conta.
Ajuda-me Pai, a saber estar mais vezes no teu colo e deixar que Tu me alimentes com o Teu amor e com a Tua confiança. Se o fizer estarei no centro do furacão, onde há paz e tranquilidade, mesmo que me pareça que o mundo está prestes a desabar.

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